Para viajar de Belém a Paramaribo, a família de Romênia Brito teve que emprestar mais de R$ 9 mil. O pai está no Suriname e tenta repatriar os netos e o corpo. Para isso, uma vaquinha virtual está sendo realizada. A brasileira foi morta na última segunda-feira, dia 23, no Suriname. O principal suspeito é o marido, que está preso.
“Tivemos ajuda de amigos e da família. Pegamos emprestado para conseguir chegar lá. O custeio para ficar lá vai ser todo por nossa conta. Para voltar e trazer as crianças não se sabe como será feito. Só o necrotério onde o corpo está soubemos que a diária é de 80 dólares”, disse Holanda Brito, irmã da vítima, à reportagem.
A família reclama da falta de informação e apoio do governo brasileiro. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores informou que a Embaixada do Brasil no Suriname em Paramaribo deve ser acionada para ajudar nos trâmites, porém, adiantou que não tem orçamento disponível para pagamento de traslado e demais custos de repatriação.
“É importante observar que não há previsão legal ou orçamentária por parte do governo brasileiro para pagamento das despesas funerárias, nem do enterro, nem do translado corpo/cinzas para o Brasil. Desta forma, antecipamos que a família deverá arcar com tais despesas”, diz trecho do documento enviado aos familiares de Romênia Brito.
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O deputado federal do Tocantins, Célio Moura (PT), que pediu ajuda ao Itamaraty para viabilizar junto à família o traslado do corpo e dos filhos da vítima, também recebeu uma cópia do mesmo documento. Um advogado ouvido pela reportagem explicou, ainda, que as crianças precisam de uma autorização do Judiciário do Brasil ou do Suriname para retornarem.
Doações podem ser feitas na conta corrente da Caixa Econômica Federal 3258-0, agência 2812, op. 001, em nome de Quênia Brito Pinheiro. (CPF: 022.611.401-50).
