Lilian é apenas uma das várias surinamesas que não concordam com o bloqueio total instituído pelo governo, que começa nesta sexta-feira, dia 16, depois que o país confirmou a presença das variantes. Para a servidora pública, em nada adianta restringir a população apenas aos finais de semana mesmo com a pandemia atingindo índices elevados de infectados.
“É uma porcaria essa medida. Não faz sentido, sobretudo, porque durante a semana ainda tem gente na rua”, disparou. Da mesma opinião compartilha Wikash. O vendedor explica que seu tempo é apertado de segunda a sexta e que só tem oportunidade de fazer compras aos sábados e domingos, o que, com o bloqueio, acaba ficando inviável. “Agora, com isso, fica mais difícil. Tenho que me apressar para fazer as compras na hora, antes mesmo do fechamento das lojas”, adiantou.
Já a empresária Vanessa Prins vê o bloqueio total com bons olhos. Ela relata ter aprendido a usar melhor o tempo. “Isso me ensinou a usar bem o meu tempo”, reiterou, em entrevista ao LPM News.
Ela pontua o cenário da pandemia no Suriname e faz um alerta. “Já aconteceu e não podemos mudar. Você pode, portanto, usar sua energia positivamente”, completou a empresária, que administra uma empresa de entrega de alimentos. Os cenários e as avaliações distintas mencionadas acima não interferem nas decisões do governo, que leva em considerações os números.
O país se aproxima dos 9.500 casos de Covid-19. Nas últimas 24 horas, o Suriname registrou mais uma morte, totalizando 185 desde o começo da pandemia. As autoridades do mundo inteiro entendem que, além da vacina, é importante manter as medidas de prevenção, como o uso de máscaras e higiene pessoal individual.
Vacinados somam mais de 30 mil
O governo do Suriname já recebeu, até agora, 75 mil doses da vacina AstraZeneca, sendo a última remessa do consórcio mundial da Covax. Desse total, pelo menos 33 mil já foram aplicadas em primeira dose. De acordo com apuração do LPM News, a segunda dose será disponibilizada à população a partir de 4 de maio.