De acordo com o parlamentar e ex-ministro da saúde do Suriname, Celsius Waterberg, ocorrem no Suriname uma média de dez mil abortos por ano.
Celsius Waterberg levou esses números durante a sua atuação como ministro da saúde ao parlamento.
Pelo editorial Waterberg diz que, o número de abortos é igual ao número de nascimentos. “Números exatos sobre o aborto são difíceis de rastrear, porque o aborto é proibido por lei”, afirmou o parlamentar do BEP na Assembléia Nacional (DNA).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há progresso nos países em desenvolvimento para limitar o crescimento do aborto. Em todo o mundo existem 56 milhões de abortos por mês, e 88 % deles acontecem nos países em desenvolvimento. Segundo Waterberg, o aborto deveria ser legalizado, mas apenas por razões médicas. A legalização levaria a dados mais precisos, os casos poderiam ser rastreados e o procedimento de remoção do feto poderia ser realizado também em um ambiente seguro.
Há médicos que praticam o aborto embora seja proibido e alguns médicos cobram preços elevados, porque correm o risco de perder seus empregos caso sejam denunciados. O uso ilegal de “Cytotec” é alarmante, apesar das complicações graves. A droga foi desenvolvida como um protetor do estômago, mas mais tarde descobriu-se o uso irresponsável que pode causar aborto espontâneo.
Waterberg disse que é muito raro mulheres com complicações chegarem até a sua clínica. “Elas vão para a sala de emergência, para fazer curetagem porque as razões por trás do aborto muitas vezes são: incesto, estupro, adultério, sexo irresponsável dos jovens e a situação social.
Asha Mungra, médica ginecologista e presidente da União de Mulheres do Suriname, diz que é difícil dar números. Ela acha que o aumento do número de abortos que ocorrem no Suriname é porque o sexo começa a ser praticado cada vez mais cedo pelos jovens e existe muito pouca informação sobre métodos de contracepção entre os jovens.
Como Waterberg, a médica também é a favor da legalização do aborto sob certas condições.
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