A Argentina e a Bolívia anunciaram nesta sexta-feira (27) seus primeiros casos confirmados de infeccção pela varíola dos macacos. Os dois países são os primeiros da América Latina a registrarem a doença em seus territórios.
Os casos confirmados são de pessoas que estiveram na Espanha e outros locais da Europa. Em ambos, os pacientes passam bem e são monitorados pelas autoridades de saúde dos países.
Especialistas afirmam que “é questão de tempo” para que a doença se espalhe entre outros países. É a primeira vez que um surto da varíola dos macacos ocorre fora do continente africano. Até o momento, mais de 330 casos já foram confirmados em 22 países do mundo.
A Inglaterra é o país com mais infecções diagnosticadas (85), seguida da Espanha (84), Portugal (58), Canadá (26), Países Baixos (12), Alemanha (12) e Itália (10).
A OMS (Organização Mundial da Saúde) espera que os casos aumentem nas próximas semanas diante de uma intensificação dos serviços de vigilância, no entanto o órgão está monitorando de perto o surto, que é considerado incomum, pois o vírus é considerado de difícil transmissão entre humanos.
A chefe do departamento de Doenças Emergentes e Zoonoses da OMS, a epidemiologista Maria Van Kerkhove, afirmou nesta semana que estes “não são padrões típicos de transmissão da varíola do macaco”, mas ressaltou que o vírus é muito diferente do que causa a Covid-19, minimizando o risco de uma disseminação global semelhante à que provocou a pandemia atual.