Um acordo firmado entre o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural e o governo da Guiana, país na fronteira com Roraima, deve ampliar a exportação de produtos do agronegócio cultivados no estado. A assinatura do termo de cooperação ocorreu no sábado (21) durante um evento em Lethem, cidade guianense na fronteira com Bonfim.
O evento era um fórum e exposição sobre agro em investimento e ocorreu uma fazenda distante do centro comercial de Lethem. Participaram representantes dos países que compõem o Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Mercado Caricom), bloco de cooperação econômica e política, formado por países e territórios da região caribenha, do qual a Guiana faz parte.
A assinatura do Memorando de Entendimento entre Roraima e Guiana – nome do acordo que equivale a um termo de cooperação – teve a participação de representantes do governo estadual, além de empresário e produtores do ramo de agronegócio que atuam no estado. A intenção é solidificar as ligações para que ocorra investimentos comerciais entre os parceiros. (Leia abaixo detalhes do termo).
Atualmente, a Guiana compra insumos em países europeus e Estados Unidos. Com a assinatura do termo, a Guiana pretende expandir o mercado comercial do agronegócio em Roraima.
O grupo brasileiro aproveitou e apresentou a produção de alimentos desenvolvidas em Roraima, além das tecnologias envolvidas na manufaturação. Arroz, soja, milho, feijão, carne bovina e de aves, melão, melancia, batata doce, foram um dos principais insumos expostos ao grupo internacional.
Atualmente, a Guiana compra insumos em países europeus e Estados Unidos. Com a assinatura do termo, a Guiana pretende expandir o mercado comercial do agronegócio em Roraima.
O grupo brasileiro aproveitou e apresentou a produção de alimentos desenvolvidas em Roraima, além das tecnologias envolvidas na manufaturação. Arroz, soja, milho, feijão, carne bovina e de aves, melão, melancia, batata doce, foram um dos principais insumos expostos ao grupo internacional.
Yucatan Reis pontuou ainda que a exportação de insumos agrícolas de Roraima para a Guiana já existe, mas ainda é considerada pequena. Uma alternativa para ampliar este cenário, fora o acordo já firmado, seria a construção das estradas até o porto em Georgetown, avalia ele.
“Hipoteticamente, se toda soja de Roraima fosse através dessa rota, se ela tivesse e fosse possível, a gente pode falar num número de 10 dólares por tonelada, e 300 mil toneladas. A gente está falando de R$ 150 milhões a mais no bolso do produtor roraimense”, explicou.
O secretário estadual de Agricultura de Roraima, Emerson Baú, explicou que a relação comercial com a Guiana é considerada estratégica para que Roraima alcance outros mercados internacionais.
“Nós temos um mercado grande, aqui próximo, que é a Guiana. E, é via Guiana onde nós podemos alcançar o mercado caribenho, e também o porto do Panamá, ao qual nós estaremos com um maior mercado mundial, que é o mercado chinês. Então, a Guiana se torna um parceiro estratégico para o Brasil e, especialmente, para o estado de Roraima”, disse.
Os termos do memorando, firmado oficialmente entre o Instituto De Assistência Técnica e Extensão Rural (Iater), e o Conselho de Desenvolvimento do Arroz da Guiana, por meio de sua afiliada, a Estação de Pesquisa do Arroz da Birmânia, prevê que o governo de Roraima cumpra as seguintes regras:
- Capacitação de técnicos da Guiana no Brasil e realização de visitas de intercâmbio.
- Compartilhamento de conhecimentos e habilidades sobre trigo, soja e milho para produção comercial;
- Fornecer uma variedade de trigo juntamente com o pacote de produção e a expertise para desenvolver a cultura na Guiana;
- Auxiliar a Guiana no desenvolvimento de soja, milho e arroz de sequeiro para a Guiana.
- Indicar fornecedores de embriões e facilitar na transferência em gado;
- Auxiliar em técnicas para melhoria de raças e fornecendo conhecimento e habilidades para melhorar as raças existentes;
- Transferência de tecnologia, assistência tecnológica e desenvolvimento de um setor de grãos e pecuária sustentável e competitivo com base na inovação e na experiência e descobrir as possibilidades de rendimentos comerciais para gerar comércio;
- Realização de pesquisa e desenvolvimento em sistemas de produção sustentáveis, agricultura do futuro, incluindo gestão de riscos e aproveitamento de oportunidades, cadeias de valor e negócios agrícolas, parcerias, gênero e movimento juvenil, comunicações e serviços e programas de educação e treinamento.
Em contrapartida, o governo guianense se comprometeu em propor para os líderes do Caricom a proposta para Roraima faça parte do chamado “ministério da agricultura” do bloco econômico. Além disso, Mohamed Ali convidou empresários brasileiros a participarem do fórum de agricultura, que deve ser realizado em agosto, em Trindade e Tobago.