O ex-policial militar Sérgio Roberto de Carvalho, 62, conhecido como Major Carvalho – o mesmo que usava a identidade do Suriname em nome de Poul Wouter – forjou a propria morte por Covid-19 para tentar despistar da polícia e a Justiça dos vários países que o procuram. Foi o que revelou uma reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, a maior revista eletrônica nacional do Brasil, no último domingo, dia 24.
Segundo a matéria, o chefe do bilionário esquema de exportação de cocaína do Brasil para a Europa levava uma vida de luxo em Marbella, província de Málaga, o mais belo e famoso balneário da Andaluzia, Espanha. Wouter ou Major Carvalho é o principal alvo da operação Enterprise, que teve alvos em dez estados brasileiros, em Portugal, Colômbia e até nos Emirados Árabes.

Carvalho morava em uma casa avaliada em 2,2 milhões de euros. Ele também tinha dois apartamentos em Lisboa, capital de Portugal, e uma empresa em Dubai, nos Emirados Árabes. O major chefiava seis núcleos do esquema criminoso. O mais importante era o da região de São José do Rio Preto (SP), responsável pelas aeronaves e transportes aéreos da droga.
Sílvio Berri Júnior, o chefe dos pilotos de Carvalho, é um dos presos na operação Enterprise. Ainda segundo a reportagem do Fantástico, a organização criminosa enviou já enviou 45 toneladas de cocaína desde 2017. As remessas de drogas foram avaliadas em R$ 2,25 bilhões. O entorpecente era enviado pelos portos de Paranaguá (PR), Santos (SP) e outras cidades do Sul e Nordeste brasileiros.
Mais de 12 milhões de euros na garagem
Antes de fugir de Lisboa, o traficante não conseguiu levar consigo mais de 12 milhões de euros, o equivalente a 76 milhões de reais, que estavam dentro de um furgão. Ele deixou Portugal em um dos seus 37 aviões. A reportagem do LPM News tenta contato com as autoridades do Suriname para saber se existe alguma investigação em andamento no país.

Relação com o Suriname
Até agora, nem na reportagem veiculada na maior emissora de televisão do Brasil, tampouco, nos jornais da Europa, comentou-se sobre a relação do traficante com o Suriname. As veiculações também não comentam se ele já esteve no país ou se mantém algum braço de sua operação no tráfico nos arredores de Paramaribo. Até o fechamento desta matéria, a redação não obteve informações sobre o assunto também.