A possível expansão no mercado de gás natural no Suriname é uma perspectiva de longo prazo para a operadora de upstream APA, com sede em Houston, de acordo com o CEO John Christmann.
A presença da empresa no país sul-americano abrange os blocos offshore 53 e 58. “Ainda estamos visando um desenvolvimento do tipo ‘black-oil’, com GOR [razão gás/óleo] mais baixa”, disse Christmann durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre da APA.
“Encontramos uma quantidade significativa de gás no bloco [58] também, e acho que, em longo prazo, vamos querer procurar alternativas e opções de gás, porque há bastante recurso por lá, mas hoje nosso foco está predominantemente em um polo que seria um FPSO com GOR mais baixa”, acrescentou.
Eddy Fränkel, vice-diretor de energia e energia sustentável da petrolífera nacional do Suriname, a Staatsolie, destacou anteriormente que os volumes de gás descobertos, mas ainda não avaliados, no país foram estimados em 14 Tf³ (trilhões de pés cúbicos).
O desembarque do gás em terra apoiaria principalmente a proposta de interconexão Arco Norte, de 3 GW, com a Guiana e o Brasil, com potencial para sustentar a indústria de bauxita e petroquímica do Suriname, afirmou Fränkel.
A APA anunciou recentemente os resultados bem-sucedidos dos testes de vazão no poço de descoberta de Krabdagu, no bloco 58.