Na última quarta-feira (22), a sentença de 20 anos de prisão para o ex-presidente do Suriname, Desi Bouterse, foi ratificada por 15 opositores. Agora, a defesa do ex-líder apresentou um recurso ao Ministério Público (MP) buscando a suspensão da execução da pena. Além disso, planeja solicitar um indulto ao presidente da República do Suriname, conforme anunciado pelo MP em comunicado nesta sexta-feira.
O advogado de Bouterse fundamenta o pedido de suspensão da pena com a intenção de apresentar o pedido de indulto, adicionando um novo capítulo a um processo que se estende por 16 anos. A sentença em questão remonta a 2019, quando a primeira corte de instância condenou Bouterse pela execução, em dezembro de 1982, de advogados, jornalistas, empresários e presos militares. Este evento ocorreu dois anos após Bouterse assumir o poder por meio de um golpe de Estado.
O ex-presidente, atualmente com 78 anos, respondeu em liberdade ao julgamento, e sua ausência na audiência de quarta-feira marcou o encerramento de um longo processo judicial. O governo, ciente da sensibilidade do caso, mobilizou um grande contingente policial para evitar distúrbios.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Desi Bouterse enfrenta problemas judiciais. Em 1999, ele foi condenado a 11 anos de prisão nos Países Baixos por tráfico de cocaína. Mesmo com uma ordem de prisão da Interpol, Bouterse evitou a extradição ao ocupar a Presidência na época.
Diante da ratificação da sentença, o presidente Chan Santokhi afirmou que seguirá o processo, solicitando a opinião do tribunal assim que for informado sobre um possível pedido de indulto. Santokhi destacou a importância de considerar diversas perspectivas, buscando uma decisão consistente com o Estado de direito e o desejo por ordem e paz no país.
