PARAMARIBO – No cenário internacional, a disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana atingiu um novo patamar no último domingo (24/12), com o anúncio do envio de um navio de guerra pelo Reino Unido para a região de Essequibo, território reivindicado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro como parte integrante do território venezuelano.
A Guiana, que foi uma colônia britânica até 1966, continua sendo palco de uma rica reserva de petróleo, tornando-se um ponto estratégico nas disputas geopolíticas da região. A decisão do Reino Unido de enviar um navio de guerra para a área aumentou ainda mais a tensão entre os países envolvidos.
De acordo com informações da BBC, o navio britânico tem planos de participar de exercícios militares ao lado da Guiana, fortalecendo assim o apoio do Reino Unido à nação sul-americana. Este movimento segue a visita, no início da semana, de David Rutley, chefe da diplomacia britânica na América, que expressou abertamente o respaldo do Reino Unido à Guiana.
A região de Essequibo tem sido motivo de conflito entre Venezuela e Guiana ao longo dos anos, e a entrada do Reino Unido no cenário adiciona um elemento internacional significativo à disputa. A Guiana, com o suporte britânico, busca afirmar sua soberania sobre a região rica em recursos naturais, enquanto a Venezuela mantém sua reivindicação histórica sobre Essequibo.
A decisão do Reino Unido de envolver-se militarmente na disputa territorial é vista como um movimento estratégico que poderia ter implicações de longo alcance para a estabilidade da região. A comunidade internacional agora observa atentamente os desenvolvimentos, aguardando os desdobramentos dessa tensão geopolítica que se desenha na América do Sul.
