A acusação partiu do capitão das aldeias localizadas no sudeste do Suriname.
De acordo com as autoridades indígenas da região, garimpeiros brasileiros e chineses ilegais participam de um esquema ilegal de compra e venda de terras nestas aldeias sem se importar com a advertência das autoridades locais, afirmou o capitão das aldeias Lawa na quinta-feira, 26 de maio.
O capitão Santa Amoefeni disse que recentemente fez várias tentativas sem exito de parar com essa atividade ilegal na região e informou que o problema já foi levado ao conhecimento do Comissário do Distrito de Sipaliwini, Margretha Malontjie.
“Nós já chamamos a polícia várias vezes, mas quando os agentes vão embora eles voltam a desrespeitar as nossas terras. Os brasileiros e chineses agem como se eles fossem os filhos da terra e nós os estrangeiros”, disse o chefe indígena. O capitão da aldeia disse ainda que a quantidade de brasileiros e chineses na área é muito grande.
O Comissário do Distrito Malontjie, confirmou ter sido informado pelo chefe da aldeia sobre a venda ilegal de terras no Lawagebied, no entanto, o comissário disse que ainda não tem nenhuma evidência para poder agir de acordo com a lei.
“Após a minha nomeação como chefe, eu imediatamente enviei uma carta de notificação, relatando sobre o caso de brasileiros e chineses que explicitamente compram ou vendem terras nas aldeias, mas minha mensagem tem sido ignorada até agora” desabafou o chefe.
O capitão Amoefenie disse que vai fazer tudo que estiver ao seu alcance para pôr ordem na área, mas ele não tem condições para tomar, por vezes medidas duras. É seu desejo sincero que as autoridades em Paramaribo enviem regularmente o exército e a polícia para realizar patrulhas regulares, permitindo assim que pessoas mal-intencionadas sejam colocadas para fora da área.
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