Após a polêmica causada pelo ministro das Relações Exteriores do Suriname, Albert Ramdin, que anunciou uma futura embaixada em Israel, sediada em Jerusalém, o vice-presidente Ronnie Brunswijk foi à Assembleia Nacional nesta terça-feira (31) para esclarecer os fatos e negou tal possibilidade.
Tudo começou na última segunda-feira (30), quando os ministros de Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, e do Suriname se encontraram em uma reunião em Tel Aviv. O representante israelense publicou em sua conta no Twitter que Albert Ramdin revelou o desejo do Governo do Suriname de abrir uma embaixada do país em Jerusalém, cidade histórica que está no centro das disputas entre israelenses e palestinos há décadas.
Logo que a história chegou ao conhecimento dos parlamentares do Suriname, muitos ficaram indignados com a situação. Para alguns deles, de origem muçulmana, seria “impossível” aceitar uma embaixada do Suriname em Israel que seja sediada em Jerusalém e, caso a proposta seja efetivada, o apoio político ao governo seria revisto.
Buscando esclarecer os fatos, o vice-presidente Ronnie Brunswijk afirmou na Assembleia Nacional que, na verdade, o Governo do Suriname planeja ter um “embaixador não-residente” em Israel, ou seja, sem uma embaixada física instalada no território.
No mesmo discurso, Brunswijk afirmou que as decisões de política externa são responsabilidade do presidente Chan Santokhi e reiterou que o governo respeita todas as organizações religiosas e que não irá abrir uma embaixada em Jerusalém. “Sem dúvida alguma, não haverá embaixada em Jerusalém”, disse ele.