BRASÍLIA – O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, após persuadir Venezuela e Guiana a se reunirem para discutir a disputa territorial em torno de Essequibo, não estará presente no encontro marcado para quinta-feira (14/12). O Palácio do Planalto anunciou que o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, será o enviado do Brasil para mediar as conversas entre o venezuelano Nicolás Maduro e o guianês Irfaan Ali.
A reunião terá como palco o arquipélago de São Vicente e Granadinas, que atualmente preside a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A escolha do local é respaldada pela boa relação que o país mantém com Venezuela e Guiana, facilitando o ambiente para as negociações.
Celso Amorim, na ausência de Lula, terá a responsabilidade de transmitir mensagens distintas aos dois países envolvidos na disputa territorial. Em relação à Venezuela, o assessor brasileiro deverá comunicar que o Brasil não apoiará medidas unilaterais que levem a uma escalada da situação, adotando uma postura firme contra o conflito.
Para a Guiana, Amorim deverá transmitir uma sensação de tranquilidade, deixando claro que o Brasil, embora vigilante, não acredita em um desenlace armado na América do Sul.
A convocação da reunião aconteceu após Lula convencer Maduro, e ocorre em meio ao anúncio da Venezuela sobre a anexação de Essequibo, uma região disputada pelos países desde o século XIX. O Brasil se posiciona como mediador nesse cenário delicado, buscando contribuir para a resolução pacífica da disputa territorial entre Venezuela e Guiana, evitando potenciais conflitos na região. O desfecho desse encontro, portanto, será crucial para o panorama geopolítico da América do Sul.
