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TRÁFICO: Araras e micos-leões-dourados são apreendidos no Suriname

A União Europeia é o grande destino da vida selvagem roubada de vários continentes, aponta uma ong alemã

Atualizado há

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O tráfico ilegal de animais silvestres continua representando uma séria ameaça à biodiversidade global, e recentemente o Serviço Florestal do Suriname fez uma importante apreensão que expõe a gravidade do problema. Na última semana, foram confiscadas 29 araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari) e 7 micos-leões-dourados (Leontopithecus rosalia) que, de acordo com as autoridades, foram contrabandeados do Brasil com destino à Europa, onde seriam vendidos no mercado negro.

Essas espécies, nativas da Caatinga e da Mata Atlântica, respectivamente, estão classificadas no Anexo I da Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção), o que significa que sua comercialização só é permitida com licenças federais, visando o controle e a proteção desses animais em perigo de extinção.

Enquanto os governos do Brasil e do Suriname debatem a melhor forma de repatriar os animais, relatórios da ONG alemã Pro Wildlife apontam que a União Europeia é um dos principais destinos da vida selvagem roubada de diversas regiões, incluindo América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e Oceania. Dentre os países do bloco, a Espanha figura como uma das principais rotas para o tráfico de animais procedentes de outros continentes.

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O comércio ilegal foca especialmente em répteis e anfíbios, sendo algumas espécies como os cágados da-serra (Hydromedusa maximiliani) da Mata Atlântica e a cabeça-de-sapo (Mesoclemmys vanderhaegei) de países como Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, alvos frequentes dos criminosos.

Peixes ornamentais também são demandados por colecionadores internacionais e criminosos. Espécies como o tetra-cardeal (Paracheirodon axelrodi) e o cascudo-zebra (Hypancistrus zebra) estão entre as mais visadas. O cascudo-zebra, conhecido como “zebrinha”, é um dos 15 peixes ornamentais mais populares em aquários na Alemanha, conforme alerta a Pro Wildlife.

Para combater o tráfico de espécies, a Cites implementou novas regras que exigem que determinadas espécies não nativas da Europa e não listadas na convenção sejam registradas pelos proprietários junto aos órgãos públicos do país. Essas medidas têm o objetivo de coibir o comércio ilegal e oferecer maior proteção a esses animais vulneráveis.

É essencial que governos, organizações não governamentais e a sociedade em geral estejam unidos na luta contra o tráfico de animais silvestres, assegurando a preservação das espécies ameaçadas e a integridade dos ecossistemas naturais em todo o mundo. A conscientização e a fiscalização efetiva são fundamentais para a conservação da rica diversidade biológica do nosso planeta.

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