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Temporal, cobra metálica e rock: 1º show dos Stones no Brasil faz 20 anos

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Há 20 anos, que se completam nesta terça-feira (27), o Brasil parava para assistir ao show inédito que a maior banda de rock do planeta faria no país. Nem a fortíssima chuva que alagava São Paulo e diversas áreas do estádio do Pacaembu era capaz de diminuir a empolgação das cerca de 50 mil pessoas que estavam lá para ver os Rolling Stones naquela noite, a primeira das três daquela edição do extinto festival Hollywood Rock.

“Obrigado por esperar 33 anos”, disse pouco depois de subir ao palco, arranhando português, o vocalista Mick Jagger, então com 51 anos. Em retorno, os fãs gritavam: “Uh, tererê! Uh, tererê!”. Tanta expectativa tinha motivo de sobra. Apelidado pelos brasileiros de “o show do milênio”, aquele era o primeiro na história da banda inglesa na América do Sul, região que não era rota frequente de bandas internacionais na época.

Naquele dia –uma sexta-feira–, no entanto, a tempestade que caía sem parar desde o fim da tarde fez o público sofrer. O palco virou uma piscina, a água caía das torres de luz fazendo cachoeiras, e as tábuas que protegiam o gramado do estádio eram arrancadas e viravam barracas improvisadas pelos fãs, que queriam se proteger daquele tremendo pé-d’água. Nem a Polícia Militar conseguia contê-los.

Foi angustiante para nós, fãs, ver aquela chuva torrencial desabando no Pacaembu. O receio de ver o show cancelado deixou todo o mundo apreensivo. Se não me falha a memória, houve um longo atraso. Mas os Stones tocaram normalmente, no pique de sempreNélio Rodrigues, escritor

A chuva era tão forte que dezenas de pessoas desistiram e deixaram o Pacaembu antes mesmo de o show começar. A lama tomou conta da pista, os portões tiveram até que ser fechados provisoriamente pela PM, para evitar que alguém se machucasse. Mas, apesar desse clima de tensão que antecedeu o festival, que ainda teria shows do Barão Vermelho, da banda americana Spin Doctors e de Rita Lee (que acabou cancelando a apresentação da primeira noite devido ao temporal), no fim tudo rolou em clima de paz e amor.

“Foi angustiante para nós, fãs, ver aquela chuva torrencial desabando no Pacaembu. O receio de ver o show cancelado deixou todo o mundo apreensivo. Se não me falha a memória, houve um longo atraso. Mas os Stones tocaram normalmente, no pique de sempre”, afirma Nélio Rodrigues, autor dos livros “Os Rolling Stones no Brasil” e “Sexo, Drogas e Rolling Stones”, o último em parceria com o jornalista José Emílio Rondeau.

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Fonte: UOL

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