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domingo, 12 janeiro, 2025

Suriname tem potencial para ser fenômeno petrolífero, diz GlobalData

“Os resultados dos quatro poços de descoberta perfurados no Suriname até agora mostraram excelentes propriedades do petróleo", diz analista da empresa

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Sucesso exploratório recente no litoral do Suriname, onde quatro descobertas foram feitas no Bloco 28 em 2020, mostra a promessa de se tornar um ponto quente de produção de petróleo em curto e médio prazo, de acordo com a GlobalData.

A empresa líder de dados e análise observou que os operadores de blocos TotalEnergies e Apache Corp assinaram um contrato para projeto de engenharia preliminar em junho de 2021 para a fabricação de produção flutuante e armazenamento, com a primeira produção programada para começar em 2025.

Svetlana Doh, Analista de Upstream Oil & Gas da GlobalData, comenta: “Os resultados dos quatro poços de descoberta perfurados no Suriname até agora mostraram excelentes propriedades do petróleo, com API variando de 27 ° a 37 °. O tipo e a qualidade do fluido se aproximam do óleo mais leve produzido no bloco Stabroek da vizinha Guiana, onde os poços podem atingir altas produtividades de 11.000 barris de petróleo bruto por dia (bd). Uma vez que ambos os países compartilham a mesma tendência geológica da bacia da Guiana-Suriname, o Suriname tem um enorme potencial para repetir o sucesso da exploração de petróleo da Guiana”.

Tomando os projetos da Guiana como referência, a GlobalData espera que o Suriname alcance um preço de equilíbrio baixo de cerca de US$ 40 por barril. Doh continua: “O preço baixo de equilíbrio previsto ainda é um pouco mais alto do que na Guiana, onde alguns projetos chegam a US$ 25 por barril”.

“No entanto, se os poços de desenvolvimento no Suriname confirmarem altas produtividades (pelo menos 6.000bd) e a infraestrutura necessária for construída, espera-se que o preço de equilíbrio seja consideravelmente inferior a US$ 40 por bbl”, completou.

Além disso, a GlobalData espera que o investimento de capital inicial para um projeto médio no Suriname possa ficar entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, com as reservas recuperáveis ​​atingindo cerca de 600 milhões de barris de petróleo (mmbbl). Doh acrescenta: “Para que um preço médio de equilíbrio caia em apenas US$ 5 por barril, as despesas de capital inicial precisam ser reduzidas em pelo menos 20% ou a produtividade do poço precisa ser 17% maior.”

Em um contexto mais amplo de energia, o Suriname também é um bom exemplo de como a exploração de petróleo e gás em novas áreas pode permanecer no cardápio de grandes empresas.

Doh explica: “Operadoras como a TotalEnergies têm uma estratégia de diversificação de portfólio muito forte que inclui projetos de energia renovável, mas ao mesmo tempo mantêm projetos de hidrocarbonetos com alto retorno. Quanto ao Suriname, o país precisa se mover rapidamente para atrair o máximo de investimento e incentivar mais exploração para que os recursos potenciais não fiquem presos, já que os investidores preferem desenvolvimentos de energia mais limpa e cada vez mais escrutinam os projetos de petróleo e gás”.

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