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SP triplica os pedidos de antiviral e se prepara para tratar 149 mil com H1N1

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Até o dia 29 de março, 55 pessoas morreram em decorrência da doença.

Com o surto antecipado de gripe H1N1 no Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde já estima que pelo menos 149 mil pessoas necessitem de tratamento para o vírus neste ano, o triplo de pacientes tratados em todo o ano passado. A estimativa corresponde ao número de unidades do medicamento oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu, solicitadas pelo governo do Estado ao Ministério da Saúde até o fim de março. O total de antivirais pedidos em 2016 deve crescer ainda mais com a chegada do inverno quando o número de casos da doença aumenta.

Segundo o ministério, as secretarias de saúde recebem estoque do medicamento mensalmente, conforme solicitação e demanda do próprio Estado. Não existe, portanto, uma quantidade fixa de remédios enviados, uma vez que os pedidos são feitos conforme a incidência da doença em cada localidade.

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Entenda as possíveis causas do avanço da gripe H1N1 pelo Brasil

Em todo o ano passado, quando o número de casos em São Paulo foi baixo e as infecções ficaram concentradas no período do inverno, a Secretaria da Saúde de São Paulo solicitou e recebeu do ministério volume de Tamiflu suficiente para o tratamento de 48,5 mil pessoas — 9,5 mil delas crianças (que recebem dosagens menores do medicamento). Neste ano, com um surto instalado de forma antecipada e perspectiva de aumento de casos na estação mais fria do ano, já foi solicitado ao ministério tratamento para 149,1 mil pessoas, das quais 33,8 mil são crianças.

O volume de antiviral solicitado pelo governo de São Paulo dá uma ideia do alcance do surto atual, mesmo sem que o número total de casos seja conhecido. Como a gripe H1N1 não é de notificação obrigatória aos serviços de vigilância epidemiológica, não é possível saber quantos casos da doença foram registrados. Só é conhecido com exatidão o número de pessoas que desenvolveram SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por causa do vírus — a forma mais grave da doença, que requer internação.

São as estatísticas dessa síndrome que já indicam um surto antecipado no Estado. Boletim divulgado pela secretaria na sexta-feira(1º) aponta 372 casos de SRAG e 55 mortes até o dia 29 de março — em todo o ano de 2015, foram 33 casos e 10 óbitos.

O risco de evoluir para a forma grave da gripe é maior entre pessoas com algum fator de risco, como idosos, gestantes, crianças, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias e doentes crônicos, todos alvos da campanha de vacinação. São também pessoas desses grupos que, ao apresentarem sintomas da gripe H1N1, devem iniciar em até 48 horas o tratamento com oseltamivir para reduzir o risco de complicações.

Desabastecimento

Para Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, a demanda antecipada pelo medicamento foi inesperada e causa preocupação, mas não deve haver desabastecimento. “A grande preocupação é que temos uma produção e uma distribuição contínua. Quando a epidemia se antecipa muito, isso não estava previsto no calendário de produção, aquisição e distribuição de medicamento. No momento, estamos com todos os Estados abastecidos. Se houver qualquer sinal de que pode haver desabastecimento mais para frente, o ministério vai tomar as providências para que isso não aconteça”, diz ele.

De acordo com Maierovitch, o ministério tem condições de solicitar, se necessário, a ampliação da produção do medicamento uma vez que a maioria das doses oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é feita em laboratório público. “A maior parte daquilo fornecido pelo ministério é produzido pelo Farmanguinhos da Fiocruz, e há uma parcela, especialmente as apresentações infantis, que são adquiridas da Roche. Vamos acompanhando a demanda”, diz o diretor.

Ele afirma que, para este ano, o ministério estima um cenário semelhante ao de 2013, último grande surto de H1N1, responsável por 3.733 casos de SRAG e 768 óbitos no País. Desse total, o Estado de São Paulo registrou 1.972 casos e 405 mortes.

Sem falta

Coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos afirma que, embora haja relatos de falta do medicamento em algumas unidades públicas e desabastecimento amplo na rede privada, o Estado tem estoque de remédio suficiente para o tratamento dos pacientes. “Não está em falta. O oseltamivir está em todo serviço público. O que pode estar acontecendo é que, em alguns lugares, pela demanda excessiva e pela não programação adequada, pode faltar temporariamente.”

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Fonte: R7

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