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Sobe o número de mortos nos incêndios florestais na Grécia

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Bombeiros divulgam balanço de 74 mortos e 187 feridos. Incêndio já é considerado o pior a atingir o país em mais de uma década.

 O número de mortos e feridos pelos incêndios florestais que atingem o nordeste de Atenas, capital da Grécia, aumentou nesta terça-feira (24). O último balanço dos bombeiros aponta 74 mortos e 187 feridos. Os incêndios já são considerados os piores a atingir o país em mais de uma década.

Entre os feridos há 23 crianças. Entre os mortos, está um bebê de 6 meses que não resistiu à intoxicação por fumaça. O número de desaparecidos ainda é incerto, segundo os bombeiros.

O fogo começou no fim da tarde de segunda-feira, quando as autoridades divulgaram um balanço de 20 mortos e 104 feridos. Moradores da região foram forçados a fugir em direção ao mar para escapar das chamas. Alguns dos mortos foram encontrados em rotas de fuga.

O país teve um inverno considerado seco no início deste ano e agora, com as altas temperaturas do verão, houve condições ideais para o fogo se alastrar. Incêndios do tipo já ocorreram em outras ocasiões. Em agosto de 2007, dezenas de pessoas morreram quando o fogo devastou o sul grego.

Desta vez, o fogo avança em três frentes na região de Ática: uma na cidade de Rafina, 50 km a leste da capital Atenas, outra perto do vilarejo balneário de Mati, a 29 km a leste da capital, e uma terceira em Kineta, 50 km a oeste.

Centenas de bombeiros foram mobilizados para atuar nas chamas. O Exército também foi convocado. Nesta terça, aviões de combate a incêndio vindos da Espanha e voluntários do Chipre chegaram ao local.

As chamas destroem casas e interromperam o serviço em grandes vias de transporte. Conexões ferroviárias foram destruídas e voos foram desviados ou cancelados.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras estava na Bósnia e resolveu antecipar a volta à Grécia. Ele declarou três dias de luto nacional e falou sobre ações para barrar a destruição:

“Faremos tudo que é humanamente possível para controlá-lo. Estamos lidando com algo completamente diferente”, disse o premiê.

 

“Hoje a Grécia está de luto e, em memória daqueles que foram perdidos, estamos declarando um período de três dias de luto”, disse Tsipras. “Mas não devemos deixar que o luto nos destrua, porque estas horas são horas de batalha, unidade, coragem e acima de tudo solidariedade.”

Vilarejo destruído

A pequena cidade de Mati costuma atrair turistas locais, como idosos e crianças que buscam colônias de férias. O vilarejo, onde as autoridades encontraram a maior parte dos mortos até o momento, foi destruído pelas chamas.

“Mati não existe mais nem mesmo como um pequeno povoado. Eu vi corpos e carros queimados. Tenho muita sorte de estar viva”, disse uma mulher à rede de televisão grega Skai.

Autoridades encontraram 25 corpos em uma casa em Mati, na área entre o porto de Rafina e Nea Makri.

Mortos em rotas de fuga

As autoridades gregas pediram que os moradores de uma região litorânea próxima de Atenas abandonassem suas casas.

“Moradores e visitantes na área não escaparam a tempo, mesmo estando a apenas alguns metros do mar ou em suas casas”, disse a porta-voz da brigada de incêndio, Stavroula Maliri.

Um jornalista da agência Reuters viu ao menos quatro pessoas mortas pelo fogo em uma estrada. Eles estariam, segundo a agência, na direção de uma praia onde poderiam ficar mais seguros.

quipes de emergência também encontraram um grupo de 26 vítimas, algumas crianças, deitadas juntas perto do topo de um rochedo de frente para a praia. “Eles tentaram encontrar uma rota de fuga mas, infelizmente, essas pessoas e seus filhos não conseguiram a tempo. Instintivamente, vendo o fim se aproximar, eles se abraçaram”, disse Nikos Economopoulos, chefe da Cruz Vermelha na Grécia, à Skai TV.

Fonte: G1

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