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sábado, 19 abril, 2025

Seis meses sem respostas: família de Riselda clama por justiça após assassinato brutal no Suriname

Mesmo com o principal suspeito preso, família da brasileira assassinada no Suriname segue sem respostas da Justiça local e das autoridades brasileiras, seis meses após o crime.

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PARAMARIBO – “Tudo continua do mesmo jeito. Sem respostas”. É o desabafo de Thaissa Rita, irmã da brasileira Riselda Lucena, assassinada brutalmente no Suriname. O crime, que chocou o Brasil e a comunidade brasileira no exterior, completa seis meses sem esclarecimentos por parte das autoridades locais ou brasileiras. Para a família, a dor da perda se agrava pela falta de apoio e informações concretas.

Crime brutal no Suriname: o que se sabe até agora

Riselda Lucena, 36 anos, foi encontrada morta em setembro do ano passado. Ela vivia no Suriname e era mãe de três filhos, o mais novo com apenas cinco anos. O principal suspeito do assassinato, com quem ela mantinha um relacionamento recente, está preso. Mas, segundo a família, a investigação parou por aí.

Só sei que ele está preso, por enquanto. O cúmplice dele tá preso. O taxista também. Quando encontraram o taxista, encontraram uma bolsa e a bolsa era dela”, contou Thaissa. “Não disseram o que tinha dentro da bolsa. Com certeza era o celular dela, os documentos. As joias também ninguém viu.

HISTÓRICO DO CASO 

Família denuncia abandono: “Nenhuma resposta das autoridades”

A revolta da família se soma à indignação com a ausência de respostas da Justiça do Suriname e das autoridades brasileiras. “Não tivemos acesso a nada. As autoridades não falam com a gente. Está tudo do mesmo jeito de quando tudo aconteceu”, afirma Thaissa.

Desde a confirmação da morte de Riselda, o apoio financeiro e emocional foram de amigos e conhecidos nos dois países — o traslado do corpo, por exemplo, foi pago por uma vaquinha organizada por pessoas próximas. Mas até hoje, os pertences da vítima não foram devolvidos, nem há previsão de novos desdobramentos no caso.

Mesmo com o principal suspeito preso, a família não recebeu qualquer tipo de atualização formal sobre o andamento da investigação. A Justiça do Suriname não repassou documentos, nem resultados da perícia. O mesmo acontece com o governo brasileiro, que, segundo os familiares, se manteve em silêncio ao longo de todo o processo.

Entenda o caso Riselda: um assassinato cercado de mistérios

Dias antes de desaparecer, Riselda teria enviado uma mensagem incomum à mãe, dizendo que estava a caminho do aeroporto. “Minha mãe não sabe ler, e minha irmã sabia disso. Ela nunca mandava mensagem escrita”, contou Thaissa à reportagem. A suspeita aumentou quando o acusado afirmou que ela havia ido embora após uma briga, e depois mudou a versão, dizendo que ela voltara por um garimpo.

As incoerências nas declarações levaram a família a procurar ajuda, mas, até agora, não houve esclarecimento sobre a motivação do crime — nem sobre os bens de Riselda, como as joias e o conteúdo de sua conta bancária.

Justiça por Riselda: mobilização cresce nas redes

A dor da perda se transforma em luta. Amigos e familiares têm usado as redes sociais para pedir justiça por Riselda, com hashtags como #JustiçaPorRiselda e #RiseldaPresente. “Ela era amiga de todo mundo. Ajudava todo mundo. Não merecia esse fim cruel”, diz a irmã.


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