Um brasileiro de 20 anos, suspeito de matar um policial de elite francês no final de março na Guiana Francesa, foi preso no sábado (8) em uma área de floresta deste território que faz fronteira com o Amapá.
O promotor público de Caiena, Yves Le Clair, disse que o jovem tinha demonstrado a intenção de se entregar à polícia. O policial militar de elite Arnaud Blanc, 35 anos, foi assassinado em 25 de março com dois tiros, quando participava de uma operação contra a mineração ilegal na Guiana Francesa.
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De acordo com os primeiros elementos da investigação, o brasileiro detido fazia parte de um grupo criminoso que roubava ouro extraído de atividades de garimpo clandestino, mas não era um garimpeiro. O suposto atirador se encontra sob regime de detenção judicial. Ele irá comparecer nas próximas horas diante de um juiz de liberdade e custódia, que deve ordenar sua prisão.
O policial assassinado pertencia ao grupo de elite francês GIGN, especializado em operações de inteligência e alto risco. Ele havia chegado à Guiana Francesa em 22 de março e foi transportado de helicóptero, junto com nove colegas, para uma área de floresta no centro do território francês, onde havia sido localizado o garimpo ilegal de Dorlin, próximo do município de Maripasoula.
Na aproximação do acampamento onde dormiam os garimpeiros clandestinos, os policiais franceses foram recebidos a tiros pelo grupo criminoso. Blanc, que estava à frente dos colegas, chegou a responder com sua pistola até esvaziar a última bala de seu cartucho. Porém, baleado duas vezes, o francês não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o promotor de Caiena, o brasileiro suspeito de ser o autor dos disparos continuou na área depois do incidente.