Trocar experiências da cultura hip hop entre o Amapá e a Guiana Francesa é o principal objetivo do rapper F2N, que veio visitar o Amapá para conhecer artistas locais e estreitar a relação para tentar implementar uma associação que trabalhe o estilo musical entre o Brasil e a França.
F2N se chama Fernando Junior Santos do Carmo, 37anos, nasceu em Belém do Pará, mas foi para fora do pais com 3 anos de idade. Morou na Guiana Francesa, França e Inglaterra. Ele conta que começou a escutar rap bem cedo, com 7 ou 8 anos. Daí surgiu a paixão.
O rapper fala 5 idiomas, já visitou vários países e já cantou na Guiana Francesa, Inglaterra, França, Alemanha e nos Estados Unidos.
A relação com Amapá começou em 2020, quando ele veio ao Estado e conheceu a banda de rap Função Real e acabaram gravando uma música e só faltou a gravação do clipe, que teve que ser adiada por conta da pandemia da covid. Agora o rapper retornou para continuar o projeto.
F2N conseguiu incentivos dos órgãos públicos da Guiana, e quer expandir a associação para focar na troca musical entre o Amapá e a Guiana. Ele fala que uma das principais metas é incentivar a cultura de forma consciente e destaca a importância desses mecanismos culturais para formação e o pensamento das pessoas, principalmente das crianças e adolescentes.
“Nós temos uma associação que vai fazer 7 anos e a ideia é que em cada local que visitamos tenha uma sede com a proposta de promover as músicas, arte e a cultura afro-negra consciente e de qualidade. A gente vê que as músicas comerciais promovem muitas coisas negativas e essas mensagens não são boas para a nossa geração. A nossa cultura musical é de músicas conscientes, de protestos para a conscientização de problemas raciais e igualdade social”, explicou F2N.
E pra mostrar cada passo e cada descoberta do mundo musical do rap e hip hop do Amapá, o Fernando grava tudo para levar o Brasil lá pra França.
“Vindo ao Brasil eu pensei que poderia filmar toda a minha viagem, filmar meus encontros, minhas parcerias, entrevistas e colocar tudo isso em um documentário para mostrar como é o cenário musical desses estilo no Brasil”, finalizou.
