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segunda-feira, 20 janeiro, 2025

Quadrilha com atuação no Suriname, Guiana e Brasil, encarcerava e extorquia imigrantes ilegais

Organização criminosa cobrava até US$ 20 mil de pessoas que vinham principalmente do Oriente Médio

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Uma organização criminosa cobrava até US$ 20 mil de pessoas que vinham principalmente do Oriente Médio, depois retinha os documentos e mantinha os imigrantes em cárcere privado no Brasil. O esquema foi desarticulado em operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (02).

Segundo a PF, a organização criminosa teria movimentado 50 milhões de reais nos últimos 3 anos com o tráfico internacional de pessoas e a migração ilegal. A operação acontece simultaneamente em São Paulo, Roraima, Amazonas e Acre, com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão.

A organização criminosa atuava entre Bangladesh, Suriname, Guiana e Brasil. O esquema é chefiado por um cidadão bengalês – um grupo étnico que vive entre a Índia e Bangladesh -, que, segundo a polícia, trazia outros membros da sua etnia para o Brasil de forma ilegal. Ele chegou a ter seu nome incluído na lista da Interpol.

O líder da quadrilha foi preso recentemente na Colômbia e extraditado para o Brasil. A PF afirma ainda que, os migrantes eram mantidos presos pela quadrilha em razão do não pagamento de taxas extras durante a viagem. As vítimas, que tinham seus documentos retidos, eram coagidas a prestar falsa notícia de perda da documentação perante a Polícia Civil de Roraima.

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