Membros do movimento Houthis e presidente haviam assinado um acordo de cessar-fogo.
O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, apresentou nesta quinta-feira (22) sua renúncia ao cargo. O secretário da presidência, Yahia al Arasi, disse à Agência Efe que Hadi enviou uma carta à Assembleia Legislativa na qual acusou as diferentes forças políticas de “falta de responsabilidade”.
A renúncia veio pouco depois do anúncio de que o primeiro-ministro Khaled Bahah deixou o cargo, e denunciou que o país está “em um beco sem saída”. Trata-se de uma aparente referência a um impasse entre Hadi e o poderoso movimento Houthi do Iêmen.
A renúncia de Bahah, que foi nomeado no último dia 13 de outubro, representa também a renúncia em bloco de todos os membros do governo iemenita, segundo um comunicado divulgado pelo porta-voz do Executivo, Rayeh Badi.
A mensagem salientou que o gabinete “se nega” a ser arrastado para “um labirinto político no qual não rege nenhuma lei nem regulamento”.
A nota destacou que os ministros iemenitas tentaram “o possível” para servir aos interesses do povo e do país com a maior “eficiência, responsabilidade e consciência”, mas se deram conta que “nesta situação é inviável”.
Bahah assegurou que, com a renúncia apresentada ao chefe de Estado e ao povo iemenita, querem deixar claro que não desejam “ser parte do que está ocorrendo nem do que acontecerá mais adiante” no Iêmen.
Os houthis e o presidente do País chegaram ontem a um acordo de cessar-fogo com o qual pretendem pôr fim a uma crise que arrastava o país rumo a um eventual conflito armado.
Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 96 ficaram feridas nos enfrentamentos que ocorreram esta semana entre combatentes rebeldes e forças governamentais em Sana.
Os combatentes xiitas tomaram o controle nos últimos meses de sete Províncias do Iêmen, incluindo sua capital, onde a tensão aumentou esta semana com o ataque às sedes presidenciais.
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Fonte: R7