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Presidente da Venezuela exibe armas na fronteira com Guiana

Em resposta, o Exército Brasileiro concentrou seus esforços e equipamentos em Roraima

Atualizado há

ESSEQUIBO – A tensão na fronteira entre Venezuela e Guiana atingiu um novo patamar com a recente movimentação militar venezuelana e as respostas do Brasil. O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, visitou a base naval Augustin Armario em Puerto Cabello para inspecionar os mísseis iranianos SM-90, destinados às lanchas rápidas de defesa iranianas zolfaghars (Peykaap 3), com alcance de 90 quilômetros. Estes mísseis foram deslocados desde fevereiro para a região da Ilha Anacoco e Punta Barima, na fronteira com a Guiana, em meio a um clima de crescente tensão.

Imagens de satélites divulgadas pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) em Washington revelaram um significativo avanço nas obras na pista de pouso da ilha e na base naval em março, abril e maio, indicando uma preparação intensiva. O Exército Venezuelano também está construindo uma ponte sobre o Rio Cuyuni, na fronteira com a Guiana, enquanto a retórica inflamada incluiu provocações como o sobrevoo de aviões Sukhoi SU-30 e o envio de blindados Scorpion-90 e EE-11 Urutu para a fronteira.

Em resposta, o Exército Brasileiro concentrou seus esforços e equipamentos em Roraima, com um investimento significativo de R$ 228 milhões, além de gastos adicionais de R$ 217 milhões em logística. O Brasil enviou 32 blindados leves Guaicuru, oito blindados Guarani, seis blindados Cascavel, 22 viaturas não blindadas e dezenas de mísseis RBS 70 e MSS 1.2 AC para a região, como medida preventiva contra qualquer possível escalada de conflito.

A postura do Brasil foi recebida com aprovação em Washington. A general Laura Richardson, do Comando Sul, elogiou o compromisso do Brasil como parceiro importante na região durante uma conferência no Wilson Center. Ela também destacou a crise humanitária na Venezuela e expressou preocupação com a influência crescente da China na região, mencionando a mobilização do Departamento de Comércio dos EUA e a negociação de um novo ‘Plano Marshall’ para a América Central em resposta aos desafios econômicos e geopolíticos.

Richardson ressaltou a importância de uma abordagem holística que vá além do poder militar, defendendo o envolvimento do soft power americano na região. Ela anunciou planos para discutir uma resposta à Nova Rota da Seda com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e mencionou iniciativas como a Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica (APEP), que visa investir bilhões em projetos de infraestrutura na região.

A competição estratégica entre EUA, China e Rússia na América do Sul oferece oportunidades e desafios para o Brasil, que busca promover o desenvolvimento econômico como uma forma de fortalecer a democracia e garantir sua segurança regional. Diante das crescentes ameaças, o Brasil está buscando alianças estratégicas e investimentos para fortalecer sua posição e contribuir para a estabilidade na região.

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