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Petrobras corre para iniciar exploração de petróleo ao lado de Suriname e Guiana

A região abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte.

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A Petrobras está prestes a iniciar a exploração de petróleo na costa do Amapá. Está nos planos da estatal a perfuração do 1º poço ainda no 4º trimestre de 2022. Para isso, precisa que o Ibama emita uma licença ambiental, esperada para novembro.

A estatal vai iniciar a campanha em uma nova fronteira exploratória, na Margem Equatorial Brasileira. A região abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte.

Ainda pouco conhecida, a porção brasileira da Margem Equatorial tem grandes expectativas no setor. Isso porque a região está ao lado das bacias da Guiana e do Suriname, onde a ExxonMobil acumula mais de 25 descobertas. As reservas não estão abaixo de uma camada de sal, como no Sul e Sudeste, mas a região tem sido chamada de “novo pré-sal” pelas expectativas de volumes de petróleo e gás.

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Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), estudos internos apontam “elevado potencial para a realização de descobertas relevantes de recursos prospectivos”. A Margem Equatorial é uma das prioridades da agência para oferta de áreas de exploração em leilões.

“A Margem Equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras e uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, com expressivo potencial petrolífero”, disse ao Poder360 o gerente executivo da Petrobras, Mario Carminatti.

As áreas onde a Petrobras vai fazer a campanha foram adquiridas em consórcio com a BP e a TotalEnergies, em 2013. As multinacionais desistiram em 2020 e 2021, vendendo suas participações majoritárias para a brasileira.

A BP e a Total tentavam obter licença para perfuração, mas não tiveram sucesso. Saíram da Foz do Amazonas num momento em que buscavam apagar o rótulo de petroleira, posicionando-se como companhias de energia, com investimentos em renováveis. Segundo o ex-diretor da ANP, Felipe Kury, o processo de licenciamento ambiental para exploração envolve duas etapas:

  • Antes da oferta das áreas nos leilões do governo, os órgãos ambientais fazem uma análise dos impactos potenciais das atividades de exploração de petróleo. Com base nesses estudos, os ministérios de Meio Ambiente e de Minas e Energia publicam uma manifestação conjunta indicando ou não as áreas para oferta;
  • Depois que arrematam as áreas, as empresas apresentam ao Ibama estudos de impacto ambiental e um plano de emergência individual, em caso de acidentes. Também devem fazer consultas às populações locais. No final desse processo, o Ibama pode ou não conceder licença para o início das atividades exploratórias.

A expectativa é que a Petrobras seja mais bem-sucedida nas tratativas com o Ibama. “A Petrobras tem um histórico e experiência muito grande em águas profundas, que é o caso ali. É uma empresa brasileira, conhece as burocracias que temos aqui”, afirma Kury.

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