BELÉM – Na manhã deste sábado (13), pescadores que realizavam suas atividades na Baía do Maiaú, próxima à ilha de Canelas, em Bragança, no litoral nordeste do Pará, fizeram uma descoberta chocante ao avistarem um grande barco à deriva. Ao se aproximarem, encontraram corpos a bordo da embarcação, desencadeando uma série de investigações por parte das autoridades locais e federais.
A Polícia Federal (PF) foi acionada e, por volta das 16h do mesmo dia, confirmou que peritos e papiloscopistas de Brasília estavam se deslocando para o local. Os procedimentos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI) serão implementados para identificar os corpos encontrados. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o número exato de vítimas nem sobre sua nacionalidade.
O Ministério Público Federal (MPF) tomou a frente das investigações, anunciando a abertura de duas frentes de apuração: uma na esfera criminal e outra na esfera civil. Enquanto a investigação criminal se concentrará na busca por eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal dos autores, a investigação civil abordará questões de interesse público e a proteção de direitos, que não necessariamente estão ligados a crimes.
A Defesa Civil de Bragança informou que mobilizou os órgãos locais e enviou uma equipe para a localidade de Tamatateua, o porto mais próximo do local onde a embarcação foi avistada, preparando-se para o resgate e a investigação mais aprofundada. O Corpo de Bombeiros do Pará também está envolvido no resgate, aguardando o momento da maré alta, por volta das 19h do sábado, para facilitar o acesso à embarcação à deriva.
O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para realizar os procedimentos necessários diante da ocorrência. A Marinha do Brasil (MB) também está envolvida no caso, com uma equipe de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) investigando os elementos essenciais para a abertura de um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).
A gravidade do incidente está levando as autoridades a agir rapidamente, dado o contexto e as circunstâncias ainda não esclarecidas. O MPF, através da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, está empenhado na defesa dos direitos humanos e na busca por respostas que possam esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, garantindo justiça às vítimas e suas famílias.
