A construção da BR-156 começou entre as décadas de 30 e 40. O projeto teve andamento e a busca por recursos federais para o término se estendeu ao longo dos anos. A abertura da estrada ocorreu com sucesso, mas a infraestrutura de pavimentação, iniciada em 1976, continua sem conclusão.
A BR-156 parte de Laranjal do Jari, na divisa com o Pará, e vai até Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa. A passagem de veículos pela rodovia, porém, é dificultada em períodos chuvosos, já que cerca de 350 dos 815 quilômetros da rodovia ainda não têm asfalto.
Com isso, a obra é considerada uma das mais antigas em execução no país, e a falta de pavimentação prejudica o tráfego de pessoas e o escoamento dos produtos de agricultores que moram em municípios às margens da rodovia, que corta o Amapá de Norte a Sul. O projeto Amazônia Que Eu Quero entra em uma nova fase. Em 30 de novembro um fórum vai discutir o tema “Infraestrutura para a Amazônia”.
O evento será transmitido a partir das 20h no canal da Fundação Rede Amazônica no Youtube. Entre os subtemas do fórum está o porto de Santana e o potencial de desenvolvimento. O agricultor Edson Costa trabalha há anos em uma comunidade rural que fica em um trecho da BR-156 que interliga Laranjal do Jari e Macapá.
A pavimentação da rodovia, conta o produtor, seria de extrema importância para facilitar o escoamento dos alimentos plantados. “Nós já deixamos de plantar por conta do escoamento. Se torna dificultoso para a gente levar, até porque muitos não têm transporte”, relatou. O professor do Instituto Federal e mestrando em desenvolvimento regional pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), Tiago Pedrada, estudou a BR-156 na pesquisa que realizou e apontou as diferenças econômicas e sociais nos municípios em que a rodovia se encontra asfaltada.