Relações de poder desiguais dentro dos cuidados de saúde, o isolamento cultural, habitação insegura e baixos salários são alguns dos inconvenientes que as parteiras experimentam na sua profissão.
Os dados foram evidenciados por uma pesquisa online realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) onde 2.400 parteiras de 93 países participaram. No Suriname, a situação não é deferente.
A diretora de enfermagem do “S Lands Hospital”, Suze Holband, participou da pesquisa. Ela também é auto obstetra e ex-presidente da Organização de Parteiras do Suriname e, portanto, conhece essa realidade vivida pelas parteiras no país.
Suze Holband sublinhou que as parteiras são realmente subvalorizadas e que as circunstâncias sob as quais elas trabalham nem sempre são agradáveis. “Somos subvalorizadas na questão financeira. As pacientes não são muitas vezes encaminhadas pelo seu médico de família para um obstetra e quando isso acontece, a parteira não deve declarar-se” sublinhou Holband.
De acordo com a diretora de enfermagem do hospital S Lands Hospital, O trabalho destas profissionais da obstetrícia deve ser reconhecido e apreciado como uma profissão médica completa, para que o trabalho das parteiras seja valorizado. Holband salienta ainda a importância das parteiras para uma gravidez saudável que envolve a saúde da mãe e da criança.
A OMS e seus parceiros apelam aos países membros para que desenvolvam e promovam melhores condições de trabalho para as parteiras. As organizações salientam a necessidade de fornecer as parteiras maior apoio profissional, melhor educação e a oportunidades. Segundo dados da OMS morrem a cada ano em todo o mundo mais de trezentas mil mulheres durante o parto, enquanto que 2,7 milhões de bebês morrem durante os primeiros 28 dias de vida e a obstetrícia desempenha um papel importante na prevenção dessas mortes.
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