Dino Bouterse, filho do ex-presidente do Suriname e pai de Walter Bouterse, encontrado morto na última terça-feira, dia 22, ainda em circunstâncias desconhecidas, foi condenado em 2015 por uma corte federal de Nova York a 16 anos de prisão por tentar fornecer material de apoio e recursos ao movimento xiita libanês Hezbollah.
A procuradoria federal para o distrito leste de Nova York, á época, informou que o filho de Desi Bouterse, que colaborou com a formação da Unidade da Luta contra o Terrorismo de seu país, também cumprirá pena por acusações de narcotráfico e posse ilegal de armas.
Dino Bouterse, atualmente de 49 anos, também foi chefe da unidade antiterrorista de seu país. Ele foi detido no Panamá em 29 de agosto de 2013, deportado a Nova York no dia seguinte e se declarou culpado um ano depois de todas as acusações perante a juíza Shira A. Scheindlin, que lhe impôs a sentença.
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De acordo com os documentos apresentados na corte, Bouterse utilizou sua posição com o governo de seu país para colaborar com indivíduos que ele acreditava serem membros do Hezbollah e tinham lhe informado ter a intenção de realizar ataques contra alvos americanos. Além disso, em troca de um pagamento de milhões de dólares, ele permitiria a membros desse grupo utilizar o Suriname como base permanente de operações.
A acusação indica ainda que Bouterse também deu um passaporte surinamês falso a quem ele acreditava ser um agente do Hezbollah, mas que na realidade era um agente encoberto, e além disso supostamente lhe disse os tipos de arma que poderia fornecer, segundo um comunicado da procuradoria.
Junto com um cúmplice, ele também se reuniu com pessoas que na verdade eram informantes do Departamento Americano Antidrogas (DEA) para analisar a exportação de cocaína do Suriname aos Estados Unidos por meio de companhias aéreas comerciais. O filho do político verificou pessoalmente em mensagem de texto as regras para o envio de uma carga de dez quilos de cocaína que foi interceptada por agentes antinarcóticos depois que saiu do Suriname.