O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, publicou portaria nesta quinta-feira (3) exonerando ou dispensando funcionários em cargos de confiança vinculados à pasta que assumiram as funções até o ano passado.
Segundo ele, foram afastados cerca de 320 servidores, que passarão por entrevistas e análises para apontar se foram indicados nas administrações de Luiz Inácio Lula da Silva ou de Dilma Rousseff, do PT.
O texto, publicado no “Diário Oficial da União”, detalha que são funcionários de nível hierárquico igual ou inferior à gratificação DAS 6, excluindo os identificados como de natureza especial. O corte também não incluiu os que atuam na SAJ (Subchefia para Assuntos Jurídicos) e na Imprensa Nacional, responsáveis pela publicação do “Diário Oficial da União”.
De acordo com o decreto, a devolução dos funcionários cedidos para a Casa Civil aos seus cargos de origem não será imediata. Eles só retornarão se até a próxima quinta-feira (10) a pasta não manifestar interesse na manutenção deles.
Na tarde de quarta-feira (2), os funcionários da Casa Civil foram convocados ao auditório do Palácio do Planalto para serem comunicados das exonerações.
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Segundo relatos à reportagem, eles só foram informados que seriam afastados depois que os veículos de imprensa já haviam divulgado a decisão, o que gerou revolta. Um dos servidores, que preferiu não se identificar, enviou para a reportagem gravação do momento em que o novo secretário-executivo adjunto da Casa Civil, Paulo Vogel, fez o anúncio.
“Essa decisão é do novo governo e cabe a nós todos aqui respeitá-la e segui-la. O que vai acontecer é que todo mundo vai ser exonerado”, disse. Segundo Onyx, os servidores exonerados serão submetidos a uma espécie de avaliação para definir se serão recontratados para os postos.
A expectativa é de que o processo de avaliação dure em torno de duas semanas, o que fará com que as funções fiquem vagas durante o período. “Para não sair caçando bruxa, a gente exonera e depois conversa. Nós vamos despetizar o Brasil”, afirmou.
Fonte: G1