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Obama: mundo está ‘horrorizado’ com decapitação de jornalista

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O presidente condenou as atrocidades perpetradas pelos terroristas do Estado Islâmico. ‘Não há espaço para o EI no século XXI’, ressaltou.

Barack Obama condenou nesta quarta-feira a decapitação de James Foley que foi gravada e divulgada pelo grupo terrorista Estado Islâmico, e afirmou que “o mundo todo está horrorizado com o assassinato brutal” do jornalista pelos jihadistas. “Jim era um jornalista, um filho, um irmão e um amigo (…) que foi tirado de nós em um ato de violência que choca a consciência do mundo todo”, disse o presidente, em pronunciamento.

Para Obama, o EI é um “câncer que precisa ser combatido antes que se espalhe”. “Nenhuma fé ensina as pessoas a massacrarem os inocentes”, declarou. “Não há espaço para o EI no século XXI”. O democrata também garantiu que os Estados Unidos não vão mudar sua postura em relação ao Iraque. “Os Estados Unidos vão continuar a fazer o que deve ser feito para proteger seu povo”. No mesmo vídeo em que Foley é morto, os terroristas mostram outro jornalista, Steven Sotloff, e fazem uma ameaça, ao dizer que a vida dele depende das próximas decisões do governo americano.

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A rede ABC News informou que o presidente americano sabia da ameaça à vida de Foley antes de os terroristas publicarem o vídeo da decapitação na internet. Obama tomou conhecimento da divulgação das imagens enquanto voava de Washington para o Estado de Massachusetts, para retomar suas férias. Antes do pronunciamento, a Casa Branca reconheceu a veracidade do vídeo em que o jornalista é decapitado.

Foley, de 40 anos, havia sido sequestrado em novembro de 2012 quando trabalhava como freelance na Síria. A mãe do jornalista, Diane, afirmou que o seu filho “deu a própria vida para tentar expor ao mundo todo o sofrimento ao qual a população síria é submetida”. No vídeo, Foley aparece de joelhos, com uma veste laranja – a mesma cor utilizada pelos prisioneiros de Guantánamo -, ao lado de um terrorista mascarado. Ele diz que o governo americano deveria ser responsabilizado pela sua morte, pois tem agido com “complacência e criminalidade” no Iraque. O jihadista, em inglês com sotaque britânico, diz na sequência que a morte de Foley é uma vingança aos ataques aéreos dos Estados Unidos contra o EI. No último dia 8, o Exército americano iniciou uma ofensiva aérea contra os radicais sunitas. Foram os primeiros ataques dos EUA no Iraque desde a retirada das tropas do país, em 2011.

A estética da barbárie é uma recorrente estratégia empregada pelos terroristas que estão avançando em um grande território no Iraque e na Síria. Ela funciona como arma de propaganda para aterrorizar os inimigos e garantir a obediência das populações das cidades conquistadas, além de atrair desajustados e radicais sunitas de todas as nacionalidades.

A selvageria cometida contra o jornalista complica o cálculo da Casa Branca em relação à situação no Iraque. Até agora, o governo insistia que seu envolvimento no conflito seria limitado. Há dois dias, Obama havia dito que as forças iraquianas e curdas deveriam assumir a liderança no combate ao grupo terrorista, assegurando somente o “apoio” dos Estados Unidos. A pressão por uma resposta mais dura contra o EI deve aumentar. Por outro lado, pode resultar em mais uma morte bárbara de um cidadão americano.

Grã-Bretanha – O primeiro-ministro britânico, David Cameron, decidiu interromper as férias e voltar a Londres nesta quarta depois da morte de Foley. A Grã-Bretanha trabalhará em conjunto com os Estados Unidos para tentar identificar o assassino. “Nossos serviços de inteligência observarão o vídeo com muita atenção em ambos os lados do Atlântico para estabelecer a autenticidade, tentar identificar o indivíduo envolvido e, então, tentarão localizá-lo juntos”, disse o secretário de Relações Exteriores, Philip Hammond, à Sky News.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, divulgou um comunicado condenando “o assassinato horrível do jornalista James Foley, um crime abominável”. Para Ban, “os responsáveis por este e outros crimes terríveis devem ser levados à Justiça”.

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Fonte: Veja

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