Por acordo com credores, empresa aceita a se submeter a controle externo para não se envolver em casos de corrupção como os investigados na Lava Jato
Pelos próximos 25 anos, diariamente, tudo o que acontecer dentro da construtora OAS estará sob vigilância. Balanços, fluxo de caixa, contratos, aditivos e licitações serão monitorados por uma empresa especializada que tem a missão de acionar o alarme após qualquer suspeita ou indícios de atos de corrupção. Essa foi a forma encontrada pelos credores para garantir que a empresa não vá – pelo menos até pagar os 2,8 bilhões de reais que ainda deve – se envolver novamente nos tipos de esquemas que protagonizou na Lava Jato, que vieram à tona há cerca de dois anos e reduziram a companhia a um terço do que era.
A OAS deve faturar em torno de 2 bilhões de reais a 2,5 bilhões de reais neste ano. Em 2014, faturou quase 9 bilhões de reais. Está hoje com 54.000 funcionários – eram 100.000 em março do ano passado. “Não podemos errar, porque dependemos dos nossos credores todos os dias. Temos de seguir sem vícios do passado. Algo deu errado e não pode dar errado de novo”, diz o diretor financeiro da OAS, Josedir Barreto. “Teremos agora um agente de monitoramento por toda a vida.”
Fonte: Veja