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NOVO PARAÍSO: Guiana já descobriu 75% do petróleo do Brasil na Margem Equatorial

Suriname fez sua primeira descoberta em 2020, com um potencial de extração de cerca de 4 bilhões de barris, equivalente a aproximadamente 27% das reservas brasileiras.

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A região conhecida como Margem Equatorial, que se estende da Guiana até o Estado do Rio Grande do Norte, no Brasil, está se revelando uma fonte de riqueza inestimável para a Guiana. Desde a primeira descoberta de petróleo na área em 2015 pela ExxonMobil, a Guiana acumulou uma reserva estimada de 11 bilhões de barris de petróleo, representando cerca de 75% da reserva total de petróleo do Brasil, incluindo o pré-sal.

Enquanto o Brasil ainda está nos estágios iniciais da exploração, a Guiana e o Suriname têm avançado significativamente. O Suriname fez sua primeira descoberta em 2020, com um potencial de extração de cerca de 4 bilhões de barris, equivalente a aproximadamente 27% das reservas brasileiras.

No entanto, a produção comercial nessas novas fronteiras enfrenta obstáculos, incluindo aprovações de órgãos reguladores, construção de infraestrutura offshore e, principalmente, licenciamento ambiental. Enquanto a Guiana começou a extração de óleo em 2019 e já produz 375 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, com planos de expansão para 1,2 milhão de boe por dia até 2027, o Brasil atualmente produz cerca de 3,2 milhões de boe/dia.

A porção brasileira da Margem Equatorial compreende cinco bacias sedimentares, com 11 dos 42 blocos de exploração concedidos pela ANP destinando-se a investimentos de aproximadamente R$ 11 bilhões nos próximos cinco anos. Esse valor pode aumentar consideravelmente se os desafios com licenciamentos ambientais forem superados.

A Petrobras, operadora de 17 blocos na Margem Equatorial, é uma das principais investidoras na região. Seu plano de investimentos para o período de 2022-2026 destina cerca de 49% dos US$ 6 bilhões previstos para exploração às bacias da Margem Equatorial, dependendo da obtenção das devidas licenças ambientais. Outras 13 empresas, incluindo a Shell, Enauta e Prio (PetroRio), também estão ativas na Margem Equatorial brasileira.

O cenário promissor da região equatoriana do Brasil é evidente, mas as questões ambientais e regulatórias continuarão a ser desafios cruciais para sua expansão. À medida que a exploração avança, a Margem Equatorial pode se tornar um ponto focal no cenário global de energia, trazendo benefícios econômicos, mas também desafios ambientais para a região.

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