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sexta-feira, 10 janeiro, 2025

No Suriname, Caricom exorta EUA a eliminar sanções contra a Venezuela

No encerramento da 43.ª cimeira anual da Comunidade das Caraíbas, que decorreu no Suriname, pediu-se o fim das sanções impostas à Venezuela. Antes, já tinha sido condenado o bloqueio a Cuba.

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No final da 43.ª Cimeira de Chefes de Governo da Comunidade das Caraíbas (Caricom), que decorreu entre domingo e terça-feira passada em Paramaribo, capital do Suriname, os países-membros instaram a actual administração norte-americana a pôr fim às medidas coercivas unilaterais que impõe à Venezuela.

Dessa forma, afirmam, os países caribenhos poderiam beneficiar da iniciativa Petrocaribe, criada por Hugo Chávez em Junho 2005 com o intuito de garantir a soberania energética na região e o desenvolvimento dos povos das Caraíbas, com uma perspectiva solidária e sem interferência de multinacionais.

Na cerimónia de encerramento, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, referiu-se aos efeitos nefastos das sanções impostas à Venezuela no que respeita ao Petrocaribe, prejudicando os países da região.

Gonsalves condenou as sanções à Venezuela, que, na prática, «puseram fim ao acordo Petrocaribe», criando dificuldades aos países do organismo, indica a TeleSur.

A propósito dos 17 anos de existência do mecanismo de cooperação energética e de integração regional, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou na sua conta de Twitter que o seu país irá recuperar a capacidade de investimento da Petrocaribe, para poder cumprir «o seu papel histórico como factor de justiça social e estabilidade na América Latina e nas Caraíbas».

Bloqueio dos EUA a Cuba tem que acabar

Na intervenção de abertura da cimeira regional, o primeiro-ministro do Belize e presidente cessante da Caricom, John Briceño, insistiu na necessidade pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de 60 anos

No seu período à frente da Caricom, Briceño foi um defensor da integração regional e foi em nome deste organismo que, na IX Cimeira das Américas, celebrada em Junho em Los Angeles (EUA), criticou a exclusão de Nicarágua, Venezuela e Cuba por razões políticas, tendo exigido a Washington que acabasse com a sua política hostil para com Havana, refere a Prensa Latina.

A John Briceño sucede, na presidência rotativa da Caricom, o chefe de Estado do Suriname, Chan Santokhi.

Fundada em 1973 por quatro países das Caraíbas anglófonas – Barbados, Jamaica, Guiana e Trindade e Tobago –, a Caricom é integrada ainda por Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Dominica, Granada, Haiti, Monserrate, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas e Suriname.

 

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