Marinha teria resgatado 90 passageiros de barco que tinha 180 a bordo. Imigrantes ilegais se arriscam na região para tentar chegar à Europa.
Dez imigrantes africanos morreram e dezenas estão desaparecidos depois do naufrágio de uma embarcação no litoral da Líbia nesta quinta-feira (2), informou uma fonte da Guarda Costeira Nacional.
A Marinha líbia socorreu entre 80 e 90 pessoas e resgatou dez corpos, disse a fonte consultada pela AFP, acrescentando ainda que havia cerca de 180 pessoas a bordo.
A mesma fonte relatou que a embarcação adernou a três milhas da localidade de Guarabuli, ao leste de Trípoli.
Um fotógrafo da AFP viu dezenas de sobreviventes, que seriam de origem africana, sentados no chão do porto de Guarabuli. Eles estavam sendo atendidos pelos serviços de resgate.
A Líbia é um país de trânsito para o litoral europeu para milhares de imigrantes, em sua maioria africanos. Apinhados em embarcações precárias, os imigrantes tentam chegar a Malta, ou à ilha italiana de Lampedusa, no sudoeste da Sicília. Centenas deles morrem todos os anos.
A desordem reinante na Líbia deixa o caminho aberto para os traficantes, que multiplicam as saídas de imigrantes para a Europa.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), desde junho passado, mais de 2.200 pessoas estão com o paradeiro desconhecido depois de tentar cruzar o Mediterrâneo.
Desde 1º de janeiro, cerca de 130 mil pessoas chegaram por mar à Europa, mais do que o dobro durante todo o ano de 2013.
Também nesta quinta-feira, a Marinha italiana anunciou a detenção de 16 indivíduos suspeitos de tráfico de imigrantes em alto-mar. Pelo menos 300 pessoas foram salvas na operação, que contou com a ajuda de um submarino.
Depois de uma “complexa operação de vigilância”, o submarino emergiu e capturou o barco pesqueiro que levava os imigrantes. O grupo seria distribuído à força pelos traficantes em lanchas menores.
Cerca de 500 pessoas morreram no mês passado em uma dessas perigosas travessias, no naufrágio da pequena embarcação em que viajavam.
Há 20 anos, o Mediterrâneo se tornou o lugar de passagem mais perigoso do mundo para aqueles que tentam emigrar de forma ilegal, de acordo com a Organização Mundial de Imigração (OIM).
Deixe seu comentário abaixo.
Fonte: AFP
