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Menores brasileiros separados dos pais ao ingressar ilegalmente nos EUA já foram devolvidos às famílias, diz Itamaraty

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Crianças e adolescentes foram barrados pelas autoridades americanas com base na política de ‘tolerância zero’ do governo Trump. Justiça dos EUA mandou governo reunir menores com os pais.

Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (7) que todos os menores que haviam sido separados dos pais ao ingressar ilegalmente nos Estados Unidos já foram reunificados com suas famílias. A separação das crianças e dos adolescentes ocorreu em razão da política de tolerância zero implementada pelo governo Donald Trump.

Em abril deste ano, o governo norte-americano passou a separar crianças dos pais que entravam ilegalmente no país pela fronteira com o México. Os adultos eram levados a prisões, e os menores a abrigos.

A medida causou polêmica e, em junho, Trump assinou uma ordempara acabar com a separação de famílias. O presidente norte-americano desistiu de separar famílias migrantes depois de sofrer intensa pressão dos mais diferentes setores: líderes religiosos, políticos e internacionais condenaram a postura de seu governo, que fez com que mais de 2,3 mil menores de idades fossem separados de suas famílias em cinco semanas.

Antes da política de “tolerância zero”, as famílias que chegavam na fronteira sem autorização e que alegavam medo de voltar para a casa eram autorizadas a entrar em território americano e pedir refúgio. Durante o processo de solicitação de refúgio, o imigrante podia ou não ser detido, dependendo de uma série de fatores, inclusive a disponibilidade de vaga nos centros de detenção. Também eram realizadas audiências na fronteira, e a família toda poderia ser deportada, em vez de ficar detida nos EUA.

Menores desacompanhados

Em nota, o Itamaraty afirmou que apesar de todas as crianças e adolescentes brasileiros separados dos pais terem sido reunidos com suas famílias, há oito casos de menores que se encontram em abrigos nos EUA por terem ingressado ilegalmente no país desacompanhados dos responsáveis.

Segundo o ministério, esses menores se encontram em abrigos nos estados de Arizona, Nova Iorque, Illinois e Texas. Ainda de acordo com o Itamaraty, os agentes consulares têm visitado regularmente esses menores nos abrigos onde eles estão internados para prestar apoio consular e assegurar que estão recebendo os devidos cuidados.

Alegando atenção à Lei de Acesso à Informação e ao respeito à privacidade dos cidadãos, o Itamaraty disse que não está autorizado a fornecer informações pessoais dos menores que foram reunidos as suas famílias.

Ação judicial na Califórnia

O governo dos Estados Unidos tinha até 26 de julho para reunir 2.551 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade que foram separadas de seus pais ao ingressar ilegalmente no país.

O prazo foi estabelecido pelo juiz federal Dana Sabraw, de uma corte em San Diego, na Califórnia, onde corre um processo contra o governo norte-americano.

O processo é uma ação coletiva em nome dos pais que foram separados dos seus filhos. O processo foi aberto a pedido da União Americana de Liberdades Civis (ACLU), uma entidade pró-direitos civis nos EUA.

Fonte: G1

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