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‘Mad Max’: Com mulheres ao volante, novo filme é ação aditivada

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‘Estrada da fúria’ revive franquia com cenas ousadas e liderança feminina.Coreografia das perseguições é ponto altíssimo dos 120 minutos de filme.

“Mad Max: Estrada da fúria” provavelmente é o melhor filme de ação que você irá assistir em 2015. Talvez até no ano que vem. E com certeza é a história que George Miller, diretor e roteirista da trilogia original, sempre quis contar.

O vigor sem precedentes nas cenas de ação com veículos, a visão angustiante (e mais real do que nunca) do futuro e a atenção a uma questão totalmente em pauta como a igualdade de gênero são os principais valores da produção.

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E com isso, Miller mais uma vez prova que é possível fazer filmes revigorantes e ainda assim ser blockbuster e autoral. Christopher Nolan curtiu isso.

Quando o mundo desabou
Se você não conhece “Mad Max”, tudo bem. “Estrada da fúria” não se prende a flashbacks, contextualizações ou reinterpretações dos três primeiros filmes. O que se sabe é que Max, agora vivido pelo britânico Tom Hardy (A origem), é um ex-policial, sobrevivente, mercenário em um futuro pós-apocalíptico onde água e gasolina são disputadas a peso de ouro.

Hardy surge como um bom Max e consegue transmitir o lado brutamonte, marcado por cicatrizes emocionais (e físicas) de um homem que perdeu a família e viu muita gente morrer após o apocalipse. O novo Max chega até a ter um lado mais primitivo que o de Mel Gibson, “falando” com grunhidos por boa parte do filme. Resultado da representação cada vez mais cavernal da sociedade de “Mad Max”.

Esse cenário bastante palpável também é habitado por Immortan Joe, um tirano que controla uma das poucas fontes de água restantes do mundo e mostra o bom gosto de George Miller para personagens excêntricos e de moral ambígua. E Furiosa (Charlize Theron), uma oficial de Joe que se revolta e foge com as cinco esposas do vilão, escravizadas e usadas como barrigas de aluguel. Ela é a pessoa mais importante a lutar ao lado de Max em todos os filmes. E chega a roubar o posto de protagonista em vários momentos.

O destaque à Furiosa é importante porque ela pontua todo o argumento do filme. Ela é uma pessoa de confiança que tente salvar as esposas de Joe, as “donzelas em perigo” do filme, para que todas tenham uma vida melhor. Max ajuda elas a atingirem esse objetivo, é claro, mas ele nunca é o motivo de toda a treta, para ser direto. Há até quem cogite que o próximo “Mad Max” seja totalmente estrelado por uma mulher.

Cada um de nós se quebrou de uma forma
“Estrada da fúria” não é só uma tentativa de modernizar o universo devastado da série após 30 anos sem novidades. A grande sensação ao deixar a sala de cinema é a de que o cineasta teve passe livre para materializar seus sonhos mais selvagens, os dos fãs de “Mad Max” e até os daqueles que pagarão o ingresso apenas pelo babado.

Isso inclui um cogumelo atômico de perseguições, fogo, capotagens e explosões. Basta o caminho de Max cruzar com o de Furiosa para começar uma perseguição troiana que dura praticamente o filme todo, tem tomadas aéreas com dezenas de veículos e encena uma corrida de demolição violentamente ensaiada.

Não há porque esconder: você nunca viu cenas de carros como no novo “Mad Max”. A atenção às máquinas, da riqueza única de detalhes de cada uma às acrobacias que elas fazem, e não repetem, ao longo do filme é embasbacante.

Tudo fica ainda mais plástico – George Miller tem um dedo bom para paisagens, é só vir aqui depois contar o que você achou da cena na tempestade de areia – quando os War Boys e outras ameaças entram em ação.

Os personagens cruzam a tela pulando dos veículos e usando postes, como em uma encenação grotesca de uma peça do Cirque du Soleil. É surreal e bizarro pela caracterização dos soldados, mas belíssimo pela simetria e o cuidado com cada movimento.

Eu ou todos os outros
“Estrada da fúria” começa com um monólogo do próprio Max, um dos raros momentos em que ele fala mais de uma frase em sequência, que diz: “quando o mundo desabou, cada um de nós se quebrou de uma forma. Era difícil dizer quem estava mais maluco, eu ou todos os outros”.

Essa é uma frase muito emblemática. Em “Estrada da fúria”, George Miller talvez tenha provado que ele é o mais maluco de todos nós. Com um trabalho feroz e habilidoso principalmente no roteiro, Miller fez um “road movie” de alta octanagem, um retrato de uma sociedade que só pensa no próprio umbigo e uma paulada de adrenalina tudo junto. É o grande filme de ação a ser batido em 2015.

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Fonte: G1

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