Agência norte-coreana dize que se trata de uma ‘arma guiada’, mas não especifica o que exatamente era esse armamento.
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou o lançamento teste de uma nova arma tática guiada no país nesta quarta-feira (17), informou a agência estatal norte-coreana KCNA. Não se sabe, no entanto, que tipo de armamento é esse.
Segundo a agência local, Kim apontou que cientistas e militares têm feito “um bom trabalho para melhorar as capacidades de defesa” da Coreia do Norte. O líder norte-coreano também visitou uma base da força aérea do país, e supervisionou um exercício de voo.
De acordo com a agência Yonhap, da Coreia do Sul, é a primeira vez que Kim participa de inspeção às atividades militares em cinco meses.
Pouco depois da divulgação do teste, o Comando Estratégico e Comando Norte dos EUA informou que não detectou nenhum lançamento de míssil com origem na Coreia do Norte.
Impasse na relação com os EUA
As conversas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte estão sob impasse desde que a segunda reunião entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou sem nenhum acordo firmado. Há uma semana, em Washington, o presidente norte-americano disse que estava disposto a ter um novo encontro com o líder norte-coreano.
No sábado, porém, Kim afirmou que só está interessado em se reunir novamente com Trump se os EUA adotarem uma nova atitude. Ele disse que esperará até o fim deste ano para os norte-americanos flexibilizarem as medidas contra o regime norte-coreano, reportou a agência estatal KCNA.
“É essencial que os EUA parem com seu atual método de cálculos e nos abordem com um novo”, disse Kim em discurso à Assembleia Popular Suprema.
Trump e Kim se reuniram duas vezes, em Hanói (fevereiro) e em Singapura (junho). Apesar da demonstração de boa vontade, os dois líderes fracassaram em entrar em um acordo sobre o fim dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e a retirada das sanções econômicas sobre o país.
Kim concordou em extinguir os programas, mas não existe prazo para que isso aconteça nem critérios claros para verificação. Os Estados Unidos impõem o fim do programa como condição para a retirada de sanções contra o país.
Fonte: G1