A operação Hórus, que acontece em Oiapoque e investiga crimes na fronteira, prendeu um indígena que, segundo a Polícia Civil, tentava traficar animais silvestres que seriam enviados do Brasil para a Guiana Francesa e Suriname. Ele foi encontrado com aves da espécie curió, da qual um exemplar pode ser vendido ilegalmente por até R$ 100 mil.
“Ele ia exportar e vender na Guiana Francesa e Suriname. Foi preso e nós lavramos como crime circunstanciado”, explicou o delegado Charles Corrêa, titular da delegacia de Oiapoque.
Os animais foram capturados em gaiolas nesta terça-feira (15) durante fiscalização montada na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde atuaram em conjunto forças de inteligência e equipes das polícias Militar, Civil e Penal. Além do indígena, outras pessoas foram presas por associação criminosa e tráfico de drogas.
Sobre o tráfico de animais, segundo o delegado, um pássaro da espécie tem o valor medido de acordo com suas características físicas e o tipo de canto emitido pela ave. O curió é o tipo de pássaro mais traficado na região, por ter grande valor comercial na Guiana Francesa.
Ainda na barreira da Hórus, foram presos dois suspeitos de associação criminosa, que estavam organizando um furtos em agências bancárias em Oiapoque. “Interceptamos um carro que atuava como ‘pirata’ e encontramos sujeitos com apetrechos para a prática de assaltos a bancos. Essa quadrilha já é uma velha conhecida da inteligência por já ter cometido crimes em diversas agências bancárias de vários municípios”, detalhou Corrêa.
O objetivo principal das ações desta terça-feira era desarticular a quadrilha especializada em assalto a bancos, mas durante as investigações, foi abordado um carro e dentro do veículo a polícia encontrou cerca de 130g de haxixe e 40 papelotes de cocaína.
