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Hong Kong tem novos protestos após China proibir eleições

Atualizado há

Ativistas e legisladores criticam a decisão de Pequim de permitir só a candidatura de nomes aprovados previamente e que ‘amem o país’

A polícia de Hong Kong usou spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestaram nesta segunda-feira contra a proibição da China à realização de eleições livres na região. No domingo, o Congresso Nacional do Povo rejeitou as demandas de livre escolha de lideranças locais e limitou as candidaturas a três nomes pré-aprovados por um comitê que devem “amar o país e amar Hong Kong”. Na prática, a medida beneficia candidatos leais a Pequim e torna quase impossível que um opositor democrata seja nomeado.

Legisladores pró-democracia também protestaram durante uma sessão parlamentar na qual o vice-secretário-geral Comitê Permanente do CNP, Li Fei, tentou explicar a decisão. Durante seu pronunciamento, os políticos levantaram cartazes e faixas enquanto gritavam: “O governo central quebrou a sua promessa, isso é vergonhoso”. Ativistas também gritaram palavras de ordem e interromperam o discurso do vice-secretário. Depois de serem expulsos, Li Fei prosseguiu com o pronunciamento, dizendo que qualquer representante que quiser “transformar Hong Kong em uma entidade independente ou mudar o sistema socialista do país não terá um futuro político.”

Manifestantes que se concentraram do lado de fora do Parlamento de Hong Kong foram dispersados pela polícia após um grupo tentar forçar a entrada no local. Um pequeno grupo de ativistas pró-Pequim entrou em conflito com as alas pró-democracia. Segundo a rede britânica BBC, os confrontos mostram o quanto Hong Kong está polarizada politicamente. Um movimento chamado Ocupação Central ameaçou bloquear o distrito financeiro se as autoridades não permitirem as eleições diretas. Li Fei afirmou que o movimento é “ilegal”.

Atualmente, o executivo-chefe de Hong Kong é nomeado pelo governo central, representado por um comitê de 1.200 membros amplamente alinhados com Pequim, incluindo líderes empresariais. Os candidatos devem ter o apoio de 12,5% do comitê, que em 2012 permitiu que um legislador pró-democracia fosse um dos três candidatos.

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Fonte: Reuters

 

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