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Homem cuida de mulher em estado vegetativo há sete anos: “Só quero o amor dela”

Atualizado há

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Glaucia Bezerra foi vítima de um AVC; história de amor começou na Paraíba, em 1986.

Há sete anos, o radialista Adílio Bezerra se dedica a cuidar da mulher depois de um AVC (acidente vascular cerebral) que a deixou em estado vegetativo. Ele monitora os remédios, banho e cuida para que ela se sinta confortável mesmo acamada. Juntos desde 1986, a história dos dois já ganhou o mundo e tem levado milhares de pessoas a acreditar em um amor verdadeiro na alegria e na tristeza. Em entrevista ao R7, Adílio conta que Glaucia Bezerra passou mal em casa no dia 18 de setembro de 2007.

— Ela acordou no meio da noite passando mal. Foi para o hospital e só saiu cinco anos depois, em estado vegetativo. O mundo anda tão duro, tão difícil, que o fato de saberem que eu dedico o meu tempo a cuidar dela impressiona. Mas eu digo que é minha obrigação. Porque nosso amor é verdadeiro.

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O casal mora em Boa Vista, Roraima, e começou a namorar em Campina Grande (PB). Glaucia Linda, como Adílio a chama, foi trabalhar na mesma rádio que o futuro marido. Ela já tinha uma filha e estava grávida da segunda, mas omitiu a informação de Adílio.

— Ela era tão gata que eu tremia quando a via. Aí começamos a namorar e ela um mês depois queria terminar tudo. Eu queria entender e descobri que ela estava grávida do antigo namorado e achava que eu não aceitaria. Eu quis ficar com ela mesmo assim. Tivemos depois mais dois filhos juntos. Olha como deu certo!

Dos cinco anos que ficou no hospital, Glaucia passou 42 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e os demais anos na internação. Adílio fala que se revezava com o filho para que a mulher nunca ficasse sozinha e que aprendeu com os enfermeiros como fazer todos os procedimentos necessários para quando ela tivesse alta.

— Ela passou 1.918 dias no hospital. Eu só deixei de vê-la cinco dias porque tive que ir até a Paraíba ver minha mãe. Mas eu ligava no hospital e pedia para falar com a linda. Eles colocavam o telefone no ouvido dela e eu dizia que a amava

Glaucia chegou muito perto da morte. Segundo os enfermeiros disseram ao marido, eles esperavam que ela tivesse uma morte cerebral. Quando foi informado sobre as sequelas e o estado vegetativo, Adílio afirma que foi fundamental o apoio dos filhos.

— Eu tenho fé e quero acreditar que ela pode evoluir sim. Não esqueço que ela não reagia a nenhum estímulo, mas quando conversei com ela, escorreu lágrimas. Eu até chamei os médicos para ver

Adílio gosta de ressaltar que é fiel e que nunca se envolveu com outra mulher.

— Claro que eu sinto falta de sexo. Mas sexo sem amor eu não quero e amor só tenho com a linda. Às vezes aparece uma aqui dando em cima, outra ali, mas Deus me ajuda e tem me dado força. A linda não pode cumprir seu papel nesse sentido, mas eu tenho certeza que ela me ama como eu a amo

O casal ganhou diversos seguidores nas redes sociais desde que Adílio passou a postar a rotina de cuidados com a mulher.

— Até gente da China já me procurou. Preciso até postar em inglês. Nossa história é um exemplo para que as pessoas valorizem um amor que têm ao lado. Precisamos de respeito e carinho. E nossa história inspira e faz muita gente pensar: a partir de hoje vou dar mais valor a minha mulher/marido

Adílio e toda a família unida. Os filhos se revezam para ajudar o pai. Radialista desde o tempo que começou a paquerar Glaucia, ele só tem uma coisa que se arrepende.
— Quando a Glaucia me contou que estava grávida, eu quis ficar com ela mesmo assim, mas não registrei nossa menina. Falaram que o pai ia ajudar, isso e aquilo, e ele nunca apareceu, nem deu um tostão. Eu só me arrependido disso: de não ter registrado a nossa menina.

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Fonte: R7

 

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