Mila Binsamo, de 26 anos, estava no local onde aconteceu um ataque contra um policial. Ele levou um tiro e posteriormente foi linchado. O verdadeiro agressor também foi morto.
Um eritreu, confundido com um agressor em um ataque em Israel, morreu nesta segunda-feira em consequência dos ferimentos sofridos depois de ser atingido por um tiro dos agentes de segurança israelenses e das agressões de uma multidão quando estava no chão, informou a polícia. As autoridades identificaram a vítima como Mila Binsamo, de 26 anos. Ele estava neste domingo na estação rodoviária de Beersheba, cidade do sul de Israel, quando um árabe-israelense armado com uma faca e uma arma de fogo matou um soldado israelense de 19 anos e feriu outras dez pessoas. O agressor foi morto.
Um vídeo divulgado na internet mostra o momento em que um agente de segurança israelense abriu fogo contra um homem, provavelmente o eritreu. Outro vídeo mostra a multidão ao redor dos feridos e vários homens agredindo o eritreu caído no chão. O autor do atentado foi identificado pela polícia como um árabe-israelense de 21 anos, Muhanad Khaleel Uqbi, morador dos arredores de Beersheba.
Os árabes-israelenses (17,5% da população) são os descendentes dos palestinos que permaneceram em Israel após a criação deste Estado em 1948. São cidadãos israelenses que expressam, em sua maioria, solidariedade aos palestinos. A Cisjordânia ocupada e vários pontos de Israel registram há duas semanas uma escalada de violência que provoca o temor de uma nova intifada.
Diplomacia – Israel convocou o embaixador da França em Tel Aviv para dar explicações sobre a proposta francesa feita ao Conselho de Segurança da ONU que defende o desdobramento de forças internacionais na Esplanada das Mesquitas – área em Jerusalém que é sagrada tanto para os judeus como para os muçulmanos. “Pensamos que a iniciativa francesa não serve para estabilizar a situação e não a consideramos útil, por isso queremos falar com o embaixador francês”, explicou o porta-voz da chancelaria israelense, Emanuel Nahshon.
O embaixador da França em Israel, Patrick Maisonnave, foi convocado nesta manhã para uma reunião na sede do Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém com o diretor-geral adjunto para Assuntos Europeus, Aviv Shiron. A França sugeriu ao Conselho de Segurança o envio de observadores internacionais aos lugares santos de Jerusalém, particularmente na Esplanada, para garantir a neutralidade da área. Israel ocupou a área, que estava sob controle da Jordânia, assim como o resto de Jerusalém Oriental, na Guerra dos Seis Dias em 1967. Desde então, mantém o controle da segurança do local, enquanto o patrimônio islâmico é custodiado pela Jordânia em virtude de um acordo que determina que somente os muçulmanos estão autorizados a orar ali.
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Fonte: Veja