spot_img
spot_img

Guatemala registra 57 casos de febre chikungunya

Atualizado há

- Publicidade -

Guatemala se declarou em alerta epidemiológico em junho deste ano. Chikungunya é transmitido por mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Autoridades sanitárias da Guatemala confirmaram 57 casos de febre chikungunya no país, localizados principalmente na costa sul do Pacífico, e avalia 90 pessoas suspeitas de terem contraído a doença – informaram neste sábado (11) fontes oficiais.

“Até o momento temos 57 casos confirmados de chikungunya e 90 amostras estão pendentes de um parecer laboratorial”, disse Ricardo Mena, epidemiologista do ministério da Saúde guatemalteco.

- Publicidade -

Mena precisou que o departamento mais afetado é Escuintla, cerca de 55 km ao sul da capital, na costa sul do Pacífico – integrada por mais quatro departamentos.

O vírus chikungunya, transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, causa febre alta e repentina, erupções na pele, dor de cabeça e dores musculares e articulares, mas não costuma ser mortal.

A Guatemala se declarou em alerta epidemiológico em junho deste ano para evitar a aparição do vírus – que já havia avançado no vizinho El Salvador, onde milhares de casos já foram registrados.

O vírus chikungunya foi identificado pela primeira vez na Tanzânia, em 1952, e até dezembro de 2013 era desconhecido na América Latina. Agora, o continente contabiliza milhares de casos e o número de vítimas fatais passa de cem – a maioria em países do Caribe, segundo estatísticas oficiais.

Situação no Brasil
No Brasil, de acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, 79 casos de infecção pelo vírus chikungunya foram diagnosticados até o dia 27 de setembro. Do total, 41 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 38 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados durante viagens a outros países.

Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.

Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.

O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.

Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.

Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.

Segundo Barbosa, é importante observar que o chikungunya é “muito menos severo que a dengue, em termos de produzir casos graves e hospitalização”.

Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.

De acordo com Tauil, da SBI, os serviços de saúde brasileiros já estão preparados para identificar a doença. “Provavelmente quem vai receber esses casos são reumatologistas. Já escrevemos artigos voltados para esses profissionais, orientando-os a ficar atentos a pessoas provenientes de áreas em que há transmissão”, diz o infectologista. Pessoas que apresentarem os sintomas citados e estiverem voltando de áreas onde existe a transmissão do vírus, como o Caribe, devem comunicar o médico.

Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.

Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.

Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.

Deixe seu comentário abaixo.

Fonte: G1

Comentar

Comentar

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Mais do LPM

spot_img
Custom App
Phone
Messenger
Email
WhatsApp
Messenger
WhatsApp
Phone
Email
Custom App
%d blogueiros gostam disto: