Tempestade pode ser a pior a atingir o Estado da Flórida desde 1992
O furacão Irma, que já deixou um rastro de destruição no Caribe e ao menos dez mortos, deve chegar à Flórida, nos Estados Unidos, neste final de semana. Uma das cidades mais famosas do Estado, Miami está no caminho da tempestade e deverá ser atingida no sábado.
O NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês) projetou que o furacão de categoria 5 chegue com “potencial catastrófico” ao território americano, com rajadas de vento de mais de 200 km/h, tempestades e chuva torrencial.
Os meteorologistas esperam que a tempestade seja pior do que o furacão Andrew, que devastou o Estado norte-americano em 1992.
A Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos alertou para os riscos com a chegada do furacão.
O órgão governamental recomenda que as pessoas que estão na região tenham atenção às recomendações das autoridades e estejam preparados para uma eventual fuga de algumas localidades.
Na quinta-feira (7), a expectativa com a chegada do Irma fez com que os moradores do Estado deixassem suas casas em busca de mantimentos. A corrida resultou em diversas prateleiras vazias nos supermercados locais. Há escassez de pão, papel higiênico, congelados, frutas, pizzas, massas e carnes.
O governador da Flórida, Rick Scott, pediu que os mais de 500 mil moradores das zonas de risco localizadas no sul do Estado deixem suas casas o mais rápido possível.
— Não tente enfrentar essa tempestade. […] Não podemos salvá-los quando a tempestade chegar.
Ao chegar à Flórida, o Irma será o segundo furacão de grande intensidade a atingir o sul dos Estados Unidos nesta temporada, depois do Harvey, que provocou destruição no Texas, deixou mais de 60 mortos e prejuízos da ordem de US$ 180 bilhões. Scott afirma que todos os moradores locais devem levar a dimensão da tempestade em conta para proteger suas famílias.
Os Estados Unidos são o país com a maior comunidade brasileira no exterior. De acordo o documento Brasileiros no Mundo, do Ministério das Relações Exteriores, a estimativa é de que quase 1,5 milhão vivam no país.
Destes, cerca de 250 mil moram na região que abrange Flórida, Porto Rico e Ilhas Virgens. Para enfrentar o fenômeno, classificado como de categoria 5, a mais alta de todas, mas que pode ser rebaixado a 4 quando chegar nos Estados Unidos, os brasileiros já estão se preparando.
Com ventos de cerca de 290 km/h, a tempestade assolou várias ilhas pequenas no nordeste do Caribe, incluindo Barbuda, St. Martin e as Ilhas Virgens Britânicas, arrancando árvores, derrubando casas e provocando danos generalizados.
Brasileira tenta voltar de Miami: “Caos, muita gente desesperada”
O olho do furacão não atingiu diretamente Porto Rico, passando ao norte do território no início desta quinta-feira, com ventos rápidos e chuvas pesadas que deixaram quase 70% da população sem eletricidade, disse o governador do país Ricardo Rossello.
EUA: Furacão Irma provoca corrida a supermercados e esvazia prateleiras
O furacão Irma atravessou a República Dominicana em direção ao Haiti nesta quinta-feira (7), após devastar uma série de ilhas caribenhas e matar ao menos dez pessoas. O governo de Florida Keys ordenou a evacuação de visitantes do arquipélago ao sul da ilha. As escolas públicas foram fechadas. Residentes de áreas mais perto do nível do mar, como do condado onde fica Miami, foram aconselhados a se mudar para regiões mais altas.
Fonte: R7