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Festival de carne canina na China enfrenta pressão no próprio país

Atualizado há

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O evento comemora a chegada do solstício de verão e, segundo a tradição, o prato principal é feito com carne de cachorro.

Além das tradicionais críticas internacionais, o festival de carne canina de Yulin vem enfrentando uma onda de reprovação entre a própria população chinesa. A festividade, que marca o solstício de verão (no hemisfério norte), começou no último domingo, e as estimativas são que só nesse ano 10.000 cachorros sejam abatidos. A carne de cachorro é considerada uma iguaria em algumas regiões da China há séculos, porém com a popularização da adoção de cães para animais de estimação, principalmente pela classe média, a prática tem recebido muitas críticas dentro do país. Nas redes sociais, milhares de usuários chineses protestam contra o sofrimento imposto aos cães.

Preocupado com a má publicidade, o governo da cidade de Yulin, sudoeste da China, se distanciou do festival, que acontece desde 1995. No início do mês, a prefeitura anunciou que não existe nenhuma festividade oficial e que esse costume se espalhou somente entre comerciantes e locais. “Nem o governo de Yulin nem nenhuma entidade social nunca organizaram festivais de solstício de verão ou de carne canina”, informa a declaração oficial difundida pela imprensa estatal.

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Os moradores da cidade afirmam que festival e a prática de comer carne de cachorro são tradições locais e garantem que os bichos não são sacrificados de forma cruel. No entanto, ativistas atestam que os cachorros são muitas vezes transportados em péssimas condições, sofrem maus-tratos e que muitos animais domésticos são roubados para o festival. Fotos que circulam pela internet mostram centenas de cães apertados em pequenas jaulas, e corpos de animais mortos espalhados pelas calçadas.

Alguns ativistas viajaram para Yulin em uma tentativa de impedir os abates. Segundo o jornal The Guardian, uma amante dos animais chegou a comprar 100 cachorros dos comerciantes. Yang Xiaoyun viajou da cidade de Tianjin, norte do país, até Yulin e comprou os cachorros por 7.000 yuan, algo em torno de 3.500 reais. No ano passado, Yang comprou 360 cães. “Comer carne de cachorro é um costume local. Eu não quero mudar isso, eu só desejo influenciá-los com o que estou fazendo”, contou a mulher, segundo o site Fa Zhi Wan Bao.

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Fonte: Veja

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