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domingo, 16 março, 2025

EXCLUSIVO: Esposa de garimpeiro brasileiro morto na Guiana Francesa revela detalhes do crime e afirma estar sendo ameaçada

Internada em um hospital local, a mulher relatou sua versão do crime, que envolveu traições e ameaças, culminando na tragédia.

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PARAMARIBO – Pollyana Gentil, esposa de Charles, conhecido como Bahia, que sobreviveu ao ataque que matou seu marido em um garimpo da Guiana Francesa, rompeu o silêncio e trouxe novos detalhes sobre o ocorrido. Internada em um hospital local, a mulher relatou sua versão do crime, que envolveu traições e ameaças, culminando na tragédia.

Em depoimento enviado ao LPM News, Pollyana expressou seu medo diante da situação, mas também afirmou que não se calará diante das ameaças e injustiças. “Eu tenho medo, sim, mas mais medo eu tenho de me calar e de mais pessoas inocentes serem vítimas”, declarou, referindo-se a uma mensagem de ameaça que recebeu da esposa do autor do homicídio. “Esses prints e todas as provas já estão nas mãos das autoridades”, afirmou.

De acordo com o relato de Pollyana, o crime não foi motivado apenas por uma briga sobre uma caixa de som, como havia sido especulado anteriormente. Ela esclareceu que o verdadeiro motivo estava relacionado a uma série de ações de inveja e disputa envolvendo seu marido, Bahia, e o assassino. Segundo ela, o autor do crime estava ressentido pelo sucesso de Bahia, que, ao longo dos anos, havia conquistado respeito no garimpo, onde era admirado por sua ética de trabalho. O suspeito, por sua vez, foi descrito como alguém envolvido em atividades ilícitas e com a intenção de tomar terras de outros trabalhadores.

Pollyana também mencionou que o assassinato de Bahia foi cuidadosamente planejado, com o suspeito preparando o terreno para atacá-lo enquanto ele montava seu barraco. A esposa de Bahia revelou que, além dos tiros disparados, o assassino também comemorou de forma desrespeitosa após o crime. Pollyana conseguiu fugir para um barraco vizinho, onde pediu ajuda.

O depoimento ainda faz uma grave acusação contra o assassino e sua esposa, que, segundo Pollyana, estavam envolvidos em um plano para intimidar e roubar trabalhadores do garimpo, prejudicando todos os que não se submetiam às suas vontades. Ela também mencionou a presença de uma quadrilha de assaltantes, da qual o suspeito seria o líder, atuando na região do Suriname e da Guiana Francesa.

“Eu não morri, e não vão me calar. Tenho um Deus, e espero que isso pare por aí”, afirmou Pollyana. Ela também revelou que a ação do assassino e sua esposa tinha o intuito de impedir que Bahia voltasse ao garimpo, o que representava uma ameaça aos planos deles.

O corpo de Bahia foi enterrado no local, e o clima de tensão segue nas proximidades do garimpo. As autoridades locais, incluindo a Gendarmerie francesa, continuam as investigações para localizar o autor do crime. Pollyana espera que a justiça seja feita, seja pela ação das autoridades ou pela justiça divina.

Ela finalizou seu depoimento pedindo que fotos dos envolvidos sejam divulgadas para garantir a segurança de outros trabalhadores da região e evitar que crimes semelhantes continuem a ocorrer. “Que as pessoas que vão em busca de seus sonhos possam voltar para casa junto de suas famílias”, declarou Pollyana, clamando por paz e justiça para todos os envolvidos.

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