O diretor holandês da Surinam Airways (SLM) deixou o país de origem da companhia aérea para a Holanda no início desta semana. Em comunicado divulgado na quinta-feira, Paul de Haan disse que deixou o Suriname pela Guiana Francesa, país vizinho, para sua própria segurança e a de sua família.
Ele alegou que estava recebendo ameaças de vários grupos. Rumores de sua partida circulavam há vários dias. Devido aos problemas financeiros da companhia aérea, havia rumores de que as empresas de leasing de aeronaves não estavam dispostas a deixar a SLM usar seus aviões sem pagamento adiantado.
Isso levou a uma série de voos cancelados entre Paramaribo e Amsterdã. Durante o verão, os clientes da companhia aérea apresentaram reclamações em massa quando a companhia aérea se recusou a reembolsar os clientes. O grupo da indústria aérea ANVR escreveu ao presidente do país, Chan Santokhi, em julho, pedindo que ele ajudasse a resolver o problema.
No comunicado, ele explicou que “existem forças que aparentemente não têm interesse em reestruturar e que acabaram me forçando a deixar o cargo de CEO”. De Haan apresentou sua renúncia a Santokhi no domingo. Em seu comunicado, ele disse ainda que o plano de recuperação da companhia aérea está quase pronto para ser implementado. Mas quando surgiu “uma campanha de difamação política”, na qual ele foi criticado e começou a enfrentar ameaças, ele saiu, afirmou De Haan.
O holandês foi recrutado em março de 2021 para ajudar a tirar o SLM de problemas financeiros. Sua principal missão era colocar a empresa de volta nos trilhos e liquidar a dívida de US$ 75 milhões da companhia aérea. Para realizar esse trabalho, ele foi contratado para elaborar e implementar um plano de recuperação. A intenção era que a empresa voltasse a estar saudável após três anos.
