A pulverização de vegetais com pesticidas ou a utilização de mercúrio para extrair o ouro é muito comum no Suriname.
Estes produtos químicos são tóxicos para o sistema nervoso, mas a dimensão exata do impacto sobre a saúde das pessoas que vivem no Suriname, ainda é incerto.
Com o projeto “Meki Tamara” que vai avaliar este efeito sobre a saúde de milhares de mulheres grávidas, isso vai mudar.”Com o projeto, queremos avaliar os efeitos da exposição a substâncias tóxicas como mercúrio e pesticidas sobre a saúde da mãe e do feto no Suriname”, disse Wilco Zijlmans, chefe do Centro de Pesquisa do Hospital Acadêmico de Paramaribo (AZP).
Depois de meses de pesquisa, o projeto vai iniciar este mês entrevistando e examinando as mulheres grávidas a partir de seis áreas do país. “Nós escolhemos este grupo, porque eles são mais vulneráveis. “Doenças em crianças devido ao mercúrio e pesticidas poderão ocorrer já no útero”, diz Zijlmans. Após o parto, as crianças ainda serão acompanhadas na fase dos primeiros quatro anos do seu desenvolvimento.
De acordo com o chefe do Centro de Pesquisa do Hospital Acadêmico de Paramaribo (AZP), não há como fazer previsões sobre o resultado da investigação. “Nós esperamos encontrar mulheres grávidas com valores sanguíneos anormais, mas se esses produtos químicos produzem realmente um efeito negativo, isso poderá ser visto no feto. Em um estudo anterior descobrimos que quatro pesticidas proibidos continuam sendo usados em vegetais vendidos em mercados em torno de Paramaribo.
O impacto do uso de mercúrio foi maior do que o esperado: não só eram grandes quantidades usadas no solo de áreas de mineração de ouro, mas também em outras partes do país onde o ouro é extraído, resultando na contaminação de rios e consequentemente dos peixes consumidos pela população.
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