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Esperançosa com Guiana e Suriname, Petrobras se prepara para fazer o primeiro poço na mais nova descoberta

Petrobras vai empregar nessa empreitada todo o aprendizado obtido no pré-sal (em operações em águas profundas), aliado ao que há de mais avançado em tecnologia para dimensionar as reservas, e em seguida, entrar em fase de produção.

Atualizado há

A Petrobras tem expectativa de furar o primeiro poço do que pode ser uma das maiores descobertas de petróleo no Brasil, após o pré-sal. O campo está localizado na bacia da Foz do Amazonas e é considerado promissor, já que sua geologia é parecida com a das bacias das Guianas e do Suriname. Ali, grandes empresas, como a americana Exxon e a francesa Total, exploram petróleo desde 2015.

A Petrobras vai empregar nessa empreitada todo o aprendizado obtido no pré-sal (em operações em águas profundas), aliado ao que há de mais avançado em tecnologia para dimensionar as reservas, e em seguida, entrar em fase de produção.

Em recente entrevista, o gerente executivo responsável pela área de exploração da estatal, Mario Carminatti, afirmou que desde o ano passado a empresa vem se preparando para explorar a nova fronteira, que tem como precedente o sucesso obtido em países vizinhos.

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“A base logística para o transporte aéreo das operações da perfuração do poço previsto para o segundo semestre deste ano na região do Amapá Águas Profundas será no município de Oiapoque (AP). Os estudos sobre a infraestrutura regional foram realizados ao longo do ano de 2021 e as ações de adequação iniciarão em breve”, disse.

O primeiro poço será perfurado a 160 quilômetros do litoral Norte do Amapá, em lâmina d’água de cerca de 2.800 metros. O volume de investimento reservado para a nova fronteira até 2026 é de US$ 2 bilhões, ou 38% do total previsto pela estatal para exploração nos próximos quatro anos.

O gerente Mario Carminatti disse que a Petrobras vai aperfeiçoar na nova fronteira no extremo do país o que aprendeu durante a exploração do pré-sal. Em 2013, a ANP estimou que existia um potencial de 30 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial – bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar – com um volume recuperável (produção efetiva) de 7,5 bilhões de barris de petróleo, volume que poderá ser bem maior com as novas tecnologias desenvolvidas pela Petrobras.

Na vizinha Guiana, que tem o mesmo contexto geológico, a Exxon fez descobertas que já somam de 5 bilhões de barris de reservas recuperáveis e prevê que pode chegar a 10 bilhões de reservas recuperáveis. Desde que foram descobertas as grandes reservas de petróleo na costa da Guiana em 2015 a economia do país entrou em processo crescente de expansão.

Para este ano, segundo estimativa do Banco Mundial, a taxa de crescimento alcançará 48%, a mais rápida do planeta. Até 2027, a Exxon e seus parceiros (a também americana Hess e a chinesa CNOOC) pretendem bombear 1,2 milhão de barris por dia do fundo do mar da Guiana. Esse volume vai tornar o país de longe o maior produtor per capita do mundo.

Colônia inglesa até 1966, a Guiana faz fronteira com Roraima e é o único país da América do Sul cujo idioma oficial é o inglês. Sua população em 2020 era de 786.559 habitantes.

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