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Embaixadora dos EUA na Guiana reforça parceria em defesa e segurança, gerando tensões na região

As declarações foram feitas durante a cerimônia de recepção de Theriot, que assumiu o posto após entregar suas credenciais diplomáticas no final de outubro.

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GEORGETOWN – Na noite desta segunda-feira (06), a nova embaixadora dos Estados Unidos na Guiana, Nicole Theriot, expressou o compromisso de fortalecer as relações em matéria de defesa e segurança com o país sul-americano. As declarações foram feitas durante a cerimônia de recepção de Theriot, que assumiu o posto após entregar suas credenciais diplomáticas no final de outubro.

“Junto com a equipe da embaixada dos EUA, vou trabalhar para apoiar nossa parceria bilateral em defesa que fortalecerá nossos objetivos comuns em segurança, abordará ameaças transversais e avançará em matéria de segurança regional”, afirmou a embaixadora.

No entanto, essa promessa acontece em um momento delicado na região, em meio à campanha para o referendo convocado pela Venezuela para reivindicar a soberania sobre o território do Esequibo, localizado na fronteira com a Guiana e em disputa entre os dois países desde o século 19.

Tensões Diplomáticas: Venezuela reage às declarações da embaixadora e denuncia interesses americanos

Na manhã desta quarta-feira (8), o governo de Caracas condenou veementemente as declarações de Theriot, acusando a Guiana de agir para “proteger empresas energéticas estadunidenses”. Em comunicado oficial, a Chancelaria venezuelana repudiou o anúncio conjunto da Guiana e dos Estados Unidos sobre o aumento da presença militar na região.

As acusações da Venezuela estão relacionadas às operações da empresa norte-americana Exxon Mobile na costa da Guiana. A multinacional opera poços offshore com capacidade estimada em 11 bilhões de barris de petróleo, iniciando suas atividades em 2015. Essa exploração reacendeu a disputa territorial entre os dois países, uma vez que parte significativa das plataformas está localizada na costa do Esequibo.

“A Venezuela alerta a comunidade internacional e especialmente os países do Caribe sobre as perigosas manobras da Guiana, que pretendem escalar um conflito motivado pelo apetite financeiro sem limites da sua classe dirigente e sua recusa em cumprir com as normas internacionais, mantendo a exploração de petróleo em uma área marítima sem delimitação com a Venezuela”, declarou Caracas no comunicado desta quarta-feira.

Presença militar dos EUA na Guiana e suporte à exploração petroleira

A presença de militares estadunidenses na Guiana foi anunciada no início de setembro pela própria embaixada dos EUA no país, que informou a chegada de uma unidade das Brigadas de Assistência de Forças de Seguranças. Essa divisão, vinculada ao Exército dos EUA, tem o propósito de operar em outros países.

Em setembro, Brian Nichols, secretário para Assuntos Ocidentais do Departamento de Estado dos EUA, já havia expressado o apoio de Washington à exploração petroleira na costa da Guiana. Ele afirmou que “os esforços para infringir a soberania da Guiana são inaceitáveis”, intensificando assim as tensões na região. O exercício militar planejado visa fortalecer a prontidão militar e a capacidade de resposta a ameaças de segurança de ambos os países, de acordo com a embaixada dos EUA na Guiana.

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