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Em conversa sincera, Dilma acertou saída de Graça assim que encontrar substituto

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Na longa reunião na tarde dessa sexta-feira (3), a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster, tiveram uma conversa sincera. Não houve uma solução de imediato. Mas Dilma colocou como prioridade a substituição do comando da Petrobras e de sua diretoria, o que deverá ocorrer nos próximos dias.

Segundo um interlocutor da presidente, ela vai se dedicar a encontrar um nome do mercado para enfrentar o desafio de presidir a estatal. O governo está em busca de um nome testado e reconhecido, para presidir a empresa. O objetivo é resgatar a credibilidade. A diretoria deverá ter gente do setor privado e de carreira. Essas mudanças deverão ocorrer em fevereiro, se os profissionais forem encontrados – não necessariamente todos de uma vez.

Na conversa, Graça foi direta e disse que não tinha mais condições de comandar a estatal e que, portanto, teria que deixar o cargo. Foi a terceira vez que Graça colocou o cargo à disposição num prazo de dois meses.

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O desfecho só não aconteceu hoje porque ainda não há um nome para substituir Graça. “Sem dúvida, esses devem ser os piores dias da vida da Graça”, observou um auxiliar de Dilma. A sugestão de colocar um diretor interinamente no cargo foi descartada pela própria Dilma na conversa com Graça. “Isso seria muito pior. A repercussão seria péssima no mercado”, explicou outro integrante do governo.

A situação de Graça Foster ficou insustentável na semana passada, quando Dilma demonstrou irritação com a intenção do conselho de administração da Petrobras de divulgar balanço com prejuízos de R$ 88 bilhões por causa de desvios em corrupção. A presidente da República atuou pessoalmente para retirar esse dado do balanço.

Graça ligou ontem para Dilma, pedindo uma conversa. A presidente da República não pode atendê-la ontem e marcou para hoje. No Planalto, Graça disse que não tem condições emocionais de continuar. O carnaval, máscaras e manifestações em frente à casa dela produziram um estresse irreversível. E Dilma, depois da contrariedade com o balanço da semana passada, consentiu que realmente a diretoria não pode ficar.

Dilma está irritada, porque acha que Graça poderia ter perguntado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o que significa um número final sobre corrupção. Poderia ter lançado o número do Paulo Roberto Costa (R$ 4 bi), ou do Ministério Publico (R$ 2,8 bi), ou uma média entre eles, dizendo que ao término da investigação a empresa ressarciria os prejudicados. Algo que tirasse a Petrobras do impasse. Graça foi a público dizer que não tinha condição de encontrar esse número.

A presidente também reclamou do abatimento de cerca de R$ 89 bilhões de ativos da empresa. Cobrou que pelo menos R$ 27 bilhões seriam ativos bons, relativos ao valor do petróleo. Num próximo balanço, esses dados serão revisados.

A presidente Dilma considerou uma lástima a divulgação dos dados feita pela diretoria na semana passada. E consentiu que Graça e diretores próximos perderam condição politica de permanecer.

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Fonte: G1

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